Sergipanos participam das manifestações pelo Fora Bolsonaro

O Bairro Coroa do Meio, em Aracaju, transbordou de luta por suas ruas. O sábado de praia na capital de Sergipe ficou mais alegre com as bandeiras vermelhas de esperança, manifestando o anseio da população brasileira pelo Fora Bolsonaro.

Na concentração do ato, em frente ao Bar da Draga, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), Roberto Silva, explicou a dimensão do protesto.

“2 de outubro é o dia de luta para derrubar Bolsonaro. Se empurrar, o Bozo cai! Este é o grito dos trabalhadores e trabalhadoras. Em todo o Brasil e pelo mundo afora são centenas de cidades realizando manifestações. Todos nesta luta pelo Fora Bolsonaro. Em Sergipe não podia ser diferente, vamos gritar para derrubar este governo da fome, este governo da morte, este governo que trata a vida da população com desdém”, disse Roberto.

Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MTS), Zé Roberto falou sobre o cansaço da população brasileira que quer trabalho, comida e saúde.

“O presidente não está preocupado com o desemprego, não está preocupado com nosso povo, não está preocupado em salvar o País. Aqui estão as grandes e os grandes defensores do nosso país ocupando as ruas neste dia de hoje”, afirmou o líder dos trabalhadores rurais.

Militante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a senhora Francidalva relatou emocionada das dificuldades de quem vive na Coroa do Meio e depende da pesca para sobreviver.

“Tem pescador sem pescar porque o rio está poluído. Nós somos a classe que sofre. Estamos lá embaixo, estamos sofrendo. Se você paga o aluguel, você não compra o gás. Se você paga água e energia, você não come. Fora Bolsonaro já! Genocida!”, discursou.

Presidente do Sindicato dos Servidores da Previdência em Sergipe (SINDIPREV/SE), Joaquim Antônio declarou que a multidão com milhares de pessoas no Bairro Coroa do Meio foi resultado de uma construção de duas semanas de panfletagem e diálogo com a população de todos os bairros de Aracaju.

“Bolsonaro é o pior presidente que o Brasil já teve. Estamos aqui para dar este empurrão. Como se não bastasse, agora ele quer destruir o serviço público brasileiro que mostrou a sua força na pandemia, salvou milhares de brasileiros. Nós estamos aqui para defender o serviço público. Lembramos que Belivaldo está juntando toda a direita para se eleger e temos também que dizer fora Belivaldo e fora André Moura e toda esta corja que está aí para destruir a classe trabalhadora”, declarou.

Além de vários movimentos de luta por moradia popular que participaram do protesto, o movimento estudantil também esteve nesta construção.

“Os estudantes, a juventude, mulheres, homens do campo e da cidade, vamos resistir e vamos derrubar! Fora Bolsonaro!”, afirmou Ivonete Cruz, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Básica do Estado de Sergipe (SINTESE).

O professor Rubens Marques, o Dudu, dirigente e ex-presidente da CUT Sergipe, salientou que o Fora Bolsonaro é uma luta contra o retrocesso democrático que o Brasil vive desde 2016.

“O problema não é só derrotar Bolsonaro, é tirá-lo de Brasília. E aí eles vão articulando um golpe para não entregar o poder. Então se querem democracia, se querem paz com terra e trabalho, podem se preparar. A palavra de ordem até o dia da posse de Lula é lutar, lutar e lutar”, enfatizou Dudu.

O protesto seguiu pelas ruas do Bairro Coroa do Meio, passou pelo Terminal de Integração do Bairro Atalaia até chegar à Praia da Cinelândia, onde a manifestação virou samba com o show da banda Samba do Arnesto.

Por Iracema Corso/CUT
Fotos: Divulgação

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