Sergipano produz máscaras e protetores em impressora 3D para doar a hospitais públicos

Não são raras as pessoas que gostam de criar e construir objetos, seja ele em madeira, metal, entre outros. É a chamada “cultura maker”. Nos tempos tecnológicos atuais, surgiu uma novidade: as impressoras 3D e assim os “makers 3D”. Uma cultura que está se espalhando pelo mundo, tanto por hobbistas, como por empresas, para peças de reposição, por exemplo.

O modelo mais comum são as de depósito de material plástico em forma de filamentos, que são derretidos a 200 graus, depositadas camada por camada, como um sanduiche.  Com isso, consegue-se produzir praticamente qualquer objeto nesse material. Os plásticos mais comuns são o PLA – feito a partir de material orgânico, como milho, tendo  como vantagem ser biodegrável – e o ABS, que é feito a partir do petróleo, mais resistente.

Com a pandemia do Coronavirus, diante da escassez de recursos médicos de proteção e instrumentais, makers 3D espalhados pelo mundo começaram a projetar e produzir  equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde na linha de frente, bem como peças de reposição e até mesmo respiradores de baixo custo. Toda a produção está sendo doada a órgãos públicos de saúde.

E Sergipe não ficou de fora. Inicialmente, grupos voluntários começaram a se formar em Aracaju com um intuito de reproduzir esses projetos de forma voluntária e  gratuita. É o caso de Aurélio Barreto, analista de sistemas da Embrapa que criou o Projeto CombateCovid (combatecovid.com.br). Ele acionou suas três impressoras 3D de seu  apartamento, montadas num pequeno cômodo  que transformou num verdadeiro laboratório de estudos.

O objetivo é produzir inicialmente protetores faciais médicos, escudos transparentes que impedem a contaminação do profissional de saúde no atendimento emergencial.

O CombateCovid se juntou a outro projeto voluntário da cidade, o Cuid4r (@cuid4r), da professora do IFS, Stephanie Kamarry.  Instituições, empresas e universidades públicas e privadas somaram-se ao projeto. Até o momento, já são 42 impressoras 3D produzindo as máscaras e dezenas de voluntários divididos nas mais diversas tarefas, como impressão, montagem e projetos.

Em entrevista ao Hora News, Aurélio Barreto observa que “o momento é de união e que cada cidadão ponha seus conhecimentos em prol de ajudar nesse momento difícil da humanidade”.

O Hospital Universitário (HU) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) avaliaram e validaram o projeto oficialmente. A SES tem sido a responsável pela coleta das produções e distribuição aos hospitais públicos.

Até o momento, já foram impressas mais 350 protetores faciais. Quando a quantidade for suficiente para atender a demanda durante a pandemia, as equipes focarão em projetos voltados aos respiradores hospitalares.

Stephanie na entrega do primeiro lote de protetores
Enfermeiro do HUSE mostra agradecido sua máscara


Fotos: Arquivo Pessoal e Ascom SES

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