Jackson critica termoelétrica e diz que não iria a evento com presença de Bolsonaro

O ex-governador Jackson Barreto (MDB) rompeu o silêncio e criticou a Termoelétrica de Sergipe, bem como o cerimonial do Palácio do Planalto, por não ter o convidado para a cerimônia de inauguração da termoelétrica sergipana, que aconteceu na segunda-feira com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

Apesar das críticas, o ex-governador revela que mesmo que o convite tivesse sido feito não compareceria. Motivo? Não suportar o presidente Jair Bolsonaro.

“Eu fiz a minha parte, agora não ter sido convidado eu acho que o gesto em si diz o tamanho do governo de Bolsonaro. Eu também lhe confesso que se eu fosse convidado eu lá não estaria, não iria. Primeiro, porque eu não gosto de Bolsonaro. Não diz nada e não representa nada. Segundo, o que foi que o governo Bolsonaro fez para que o estado de Sergipe tivesse sua termoelétrica? Nada. Que investimento a União fez? Nenhum. Então, o que nós conhecemos hoje em Sergipe de Bolsonaro foi ele acabar com a Petrobras. Lamentavelmente chega o gás e o petróleo vai embora no governo de Bolsonaro”, critica o ex-chefe do governo estadual.

O ex-governador também criticou a direção da Termoelétrica de Sergipe por não ter citado o nome do ex-governador Marcelo Déda na inauguração. Jackson lembra que havia acordado com a direção da termoelétrica que o Complexo Industrial levaria o nome do ex-governador, que faleceu em dezembro de 2013, vítima de câncer.

“Meu sentimento é que no primeiro momento os empresários do grupo, que pertencem a diversas empresas, tinham dado à unidade da termoelétrica o nome de Marcelo Déda, e eu não ouvi citarem o nome de unidade Governador Marcelo Déda, porque foi isso que eles combinaram comigo. A primeira coisa que eles conversaram comigo é que daria o nome a Marcelo Déda e nós ficamos satisfeitos com isso. E na verdade isso não foi concretizado”, lamenta Jackson”, salientando que o fato de não terem o convidado para a solenidade não lhe incomodou, mas lamenta o fato de ter viabilizado a instalação da termoelétrica em território sergipano e não ter sido lembrado pela direção da empresa.

“Isso não dependia do governo do estado, porque era o cerimonial do Palácio do Planalto que estava cuidando. Eu na verdade não me incomodo em não ter sido convidado, mas eu acho que a termoelétrica tinha também a obrigação de dizer que o ex-governador Jackson Barreto foi o governador que viabilizou, porque todos os passos do ponto de vista completo da termoelétrica foi trabalho de Jackson Barreto, também ao lado deles porque o investimento é privado, não é público, mas o governo entra para ajudar, abrir as portas e para consolidar o projeto”, observa o ex-governador em entrevista exclusiva ao Hora News.

Ainda, de acordo com Jackson Barreto, a presença do presidente Bolsonaro à inauguração não fez o menor sentido, pois o governo federal não investiu um real para a viabilização do parque tecnológico de energia.

“Não tem nada a ver a presença dele aqui, porque o governo dele não fez nenhum investimento, nenhum real na termoelétrica. Então, eu não concordo com esse governo, com a forma dele pensar, com a forma dele atuar e não me sentiria bem lá. Agora faltou educação do cerimonial do Palácio do Planalto também”, conclui.

Termoelétrica

A Usina Termoelétrica de Sergipe, localizada no município de Barra dos Coqueiros, é considerada a maior termoelétrica a gás natural da América Latina. Ela tem capacidade para atender 15% da demanda de energia do Nordeste, o equivalente a 16 milhões de pessoas.

Com potência de 1.5 GW, a usina converte gás natural liquefeito em energia elétrica (Foto: PR)





Por Redação
Foto: Divulgação

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