TCU inocenta reitor que se matou após ser preso e humilhado em operação comandada por delegada que atuou em Sergipe

O Tribunal de Contas da União (TCU) arquivou a denúncia contra o ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier, 59 anos, por suposto superfaturamento na UFSC. Agentes da Polícia Federal, coordenados pela delegada Erika Mialik Marena, responsável pela operação, efetuaram a prisão do reitor em 14 de setembro de 2017.

A operação “Ouvidos Moucos” investigava um suposto esquema de superfaturamento no Departamento de Física da universidade. A polícia apurava suspeita de irregularidades na locação de veículos para uso em projetos de cursos a distância no âmbito do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB).

Humilhado pela operação e escrachado por setores da mídia, o reitor Luiz Carlos Cancellier decidiu tirar a própria vida em 2 de outubro de 2017, ao se jogar do último andar de um shopping em Florianópolis (SC), após ter deixado a prisão.

Sergipe

Após a repercussão negativo sobre os métodos que a operação utilizou no caso do reitor da UFSC, a delegada Erika Marena foi transferida para Sergipe. Na época, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato, expressou solidariedade a delegada pela transferência.

Justiça

E neste sábado (8), após a decisão do TCU inocentando o professor Luiz Carlos Cancellier das acusações da PF, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, afirmou que os responsáveis pela operação serão investigados por possíveis irregularidades e abuso de poder.

“Com base na decisão do TCU sobre as alegações contra o saudoso reitor Luiz Carlos Cancellier, da UFSC, na próxima semana irei adotar as providências cabíveis em face de possíveis abusos e irregularidades na conduta de agentes públicos federais”, afirmou Dino.




Por Redação
Foto: PF/UFSC

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