Rogério Carvalho participa de seminário que discutiu novas tecnologias e alerta sobre desafios da era digital

Na manhã desta quarta-feira, 27, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) participou do Seminário Internacional Democracia e Novas Tecnologias: Desafios da Era Digital, evento integrante das celebrações dos 200 anos do Senado Federal.

Ao lado de destacados especialistas como o filósofo, professor universitário e colunista Pablo Ortellado, o Secretário de Políticas Digitais da Secom da Presidência da República, João Brant, a jornalista Patrícia Campos Melo e a diretora-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Maíra Bittencourt, o senador trouxe reflexões essenciais para o atual panorama tecnológico.

Ao discutir a regulação das redes sociais, Carvalho enfatizou que o desafio vai além de simplesmente coibir manifestações online.

“A regulação é mais complexa do que simplesmente coibir manifestações de um site ou jornal. Acredito que o problema seja sistêmico, e estamos lidando com ele como se tivéssemos acabado de descobrir o fogo, sendo o fogo a manifestação extravagante do senso comum”, pontuou.

Posteriormente, o senador abordou as implicações profundas das tecnologias digitais na sociedade contemporânea.

“Estamos diante de algo muito maior do que imaginamos. Estamos falando da própria visão da humanidade e dos indivíduos sobre si mesmos e sobre as relações”, alertou.

“Porque ninguém muda a visão de mundo em dez anos se essa visão não estiver enraizada nas pessoas. O senso comum é conservador, é o reflexo de uma dimensão primitiva humana, e estamos diante dele, diante dessa realidade. Ninguém vai erradicar o supremacismo branco se essa visão do supremacista branco não estiver arraigada nas pessoas. Assim como não se erradica o racismo se essa visão racista não estiver enraizada nas pessoas”, acrescentou.

Carvalho ainda explicou que, assim como essas outras questões, aliadas ao sexismo e à misoginia, não têm com serem combatidas “se não estiverem enraizados nas pessoas”.

“Esse desejo de resolver as coisas pela violência, se não estiver presente nas pessoas, tudo isso ganhou vazão, tudo isso ganhou liberdade, nada disso tem filtro. Nós perdemos muito do ponto de vista da civilidade”, disse.

“Nós involuímos do ponto de vista civilizatório, estamos paralisados no processo civilizatório neste momento. Estamos fibrilando como um coração infartado. Precisamos fazer todo o esforço para compreender. Mas não podemos negar a essência. Não estamos evoluindo”, ressaltou.

Carvalho também ressaltou a disseminação de visões conservadoras e primitivas nas plataformas online, observando que “o lado primitivo prevalece; aqueles mais primitivos ganham mais seguidores, quanto mais toscos são”.

“Porque, enquanto esse mar de senso comum conduzir e estiver enraizado na condição da humanidade, estimulado pelas redes para ganhar mais dinheiro e nos transformando, a sociedade continuará se comportando como ratos em processo de estímulo”, afirmou.

Por fim, o senador voltou a expressar preocupação com o estado atual da civilidade, comparando-o a “um coração infartado, sem evolução”, enquanto conclamava a uma compreensão mais profunda dos desafios enfrentados pela sociedade na era digital.

“Precisamos fazer todo o esforço para compreender, mas não podemos negar o caminho que temos percorrido”, concluiu.





Por Assessoria de Imprensa
Fotos: Daniel Gomes

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