Rogério Carvalho expressa preocupações com a escassez de água em Sergipe e possível privatização da Deso

O senador Rogério Carvalho (PT/SE) comentou, esta semana, sobre as problemáticas envolvendo a escassez de água em Sergipe e possível privatização da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).

A situação, segundo o parlamentar sergipano, é extremamente preocupante, sobretudo pelos constantes alertas feitos pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Sergipe (Sindisan) que indicam a presença de um estudo, realizado ainda no governo anterior, para a execução da desestatização da Companhia.

Caso seja efetivado, de acordo com o Sindisan, o processo de desestatização pode gerar, diretamente, a perda de quase mil empregos efetivos – além de, consequentemente, o desemprego indireto de outros 3 mil terceirizados que mantêm suas casas através de prestadoras de serviços que atuam junto à Deso.

“Eu não acredito que este caminho que o governo está propondo seja a melhor solução porque a ideia é de que a gente não sabe ainda ao certo, mas ao que parece, é a perda do controle acionário. Mas é importante que todos entendam que a Deso tem solução”, afirmou o senador Rogério.

Municípios desabastecidos

Outra preocupação levantada por Carvalho tem relação com a escassez de água em diversas regiões do estado, sendo uma realidade que vem se arrastando há anos.

“A situação do Alto Sertão Sergipano, por exemplo, é alarmante e merece atenção imediata. E aqui cito, de maneira específica, municípios somente de uma região que enfrentam desafios diários para garantir o acesso a água potável, que é um direito humano fundamental. Mas essa situação se estende por todos os territórios”, comentou.

“E essa realidade será ainda mais agravada com a possível privatização da Deso, que resultará em uma situação ainda mais crítica, porque a escassez de água afeta não apenas o conforto das pessoas, mas também sua subsistência e desenvolvimento. Portanto, é hora de agir de forma assertiva e equitativa para garantir que os municípios sergipanos tenham acesso adequado à água e um futuro mais sustentável”, complementou.

”A Deso precisa passar por um processo de capitalização, não de privatização”

Ainda dentro das discussões que envolvem soluções para o problema do desabastecimento de água em Sergipe e a manutenção de milhares de empregos, Carvalho reforçou, de maneira crítica e incisiva, que a “Deso precisa passar por um processo de capitalização, não de privatização”.

“Então, a solução seria capitalizar a empresa, desenvolver um projeto em parceria com quem faz a empresa existir e envolvê-los nesse processo. A gente lutou aqui em Brasília para que não houvesse o desmembramento de empresas como a Deso, e existe um termo que estabelece a possibilidade de a empresa assumir a gestão do abastecimento de água e de esgoto das cidades, que é uma responsabilidade dos municípios”, acrescentou.

Através dessa discussão, continuou Carvalho, foi possível garantir que a Deso tivesse esse mecanismo para que viabilizasse os investimentos e, dessa forma, também obtivesse valor no mercado para poder captar recursos, fazer investimento e mudar a realidade de abastecimento de água e tratamento de esgoto.

“A gente não sabe ao certo qual é a proposta que o governo vai apresentar, mas imagino que o melhor caminho seria o governo manter o controle da empresa, capitalizar a empresa com o controle do governo numa governança mais moderna”, apontou.

“Dessa forma, acredito que isso atenderia a todos e, principalmente, ao povo que precisa ter água a um custo que possa pagar. Porque, se ficar muito caro, as pessoas não vão poder comprar, não vão poder pagar a conta, não vão poder pagar a taxa de esgoto. Ou seja, existe um problema aí do nível e da capacidade de pagamento que as pessoas têm. Que a população tem de uma maneira geral.”, concluiu.




Por Assessoria de Imprensa
Foto: Daniel Gomes

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