Aproveitando a proximidade da chegada do Dia Internacional da Mulher, a entrevistada da noite desta quarta-feira, 3, no Programa Boa Noite Brasil, no Hora News TV, canal do jornal digital Hora News no YouTube, foi a mastologista Paula Saab. O tema em foco foi “a crise nos hospitais particulares em virtude da pandemia e os cuidados com a saúde da mulher”.
Sobre o cenário atual de contágios provocados pela Covid-19 em Sergipe, Saab inicia destacando que “é preciso uma conscientização social urgente de que o que estamos passando não é brincadeira e as equipes de saúde estão absolutamente cansadas”.
“É um stress muito grande de quem está na linha de frente. Vamos viver duras semanas pela frente, durante os dois próximos meses”, ressalta.
Também, destaca-se que a nova variante tem diferentes características que a primeira e uma maior transmissividade. Até agora foi observado um aumento de casos de contaminação e morte em mulheres.
Sabemos que os hospitais particulares estão trabalhando com as UTIs superlotadas e que o maior da capital precisou fechar as portas. Nesse sentido, Saab acrescenta que “a rotina dos médicos nessa segunda onda tem sido diferente, devido ao quadro de internações, pois antes era algo novo”. Assim, constata-se que os esforços têm sido dobrados. De um lado estão os profissionais intensivistas cansados de lutar diariamente contra o vírus e, do outro, estão os que precisam assistir os pacientes de cirurgias eletivas, ou outros cuidados.
Questionada sobre medidas como o toque de recolher e lockdown, a médica diz que a primeira medida citada nas circunstâncias atuais seria “o maior atestado de incompetência técnica que um gestor pode assumir quando ele decreta, pois neste momento todos deveriam estar vacinados”.
Ela diz também que “o que temos é uma sociedade que nega a doença, e continua se aglomerando, e um gestor que não consegue organizar uma logística eficiente para resolver de vez o problema da vacinação”.
Em sua conclusão, Saab afirma que para agora “seria considerável elaborar um plano de distanciamento forçado, que não fosse nem o lockdown, nem o toque de recolher. Com medidas punitivas para restringir a circulação e a aglomeração de pessoas, e com dura fiscalização nos locais”.
Por Redação
Fotos: Hora News TV
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