O movimento sindical levou pizza e doce de leite ao Tribunal de Contas de Sergipe (TCE/SE), na manhã desta quinta-feira (5), dia em que ocorreu o julgamento do processo administrativo que trata do retorno do ex-conselheiro Flávio Conceição, envolvido na Operação Navalha.
Trabalhadores dos municípios de Campo do Brito, Propriá, Estância e Poço Verde viajaram até Aracaju para engrossar o protesto construído pela Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT-SE), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Conlutas e sindicatos filiados. A manifestação contou com a presença de dirigentes sindicais do Sindoméstica, Sintese, Sindibrito, Oposição Sindipropriá, Sindiserve Poço Verde, Sindtic/SE, Sindijus, Sintufs e Sindifisco.
O presidente da CUT/SE, Roberto Silva, destacou que a volta de Flávio Conceição, envolvido na Operação Navalha, será um retrocesso para o TCE.
“Um tribunal que no passado era conhecido como tribunal de faz de contas e que hoje é respeitado não pode aceitar o retorno de Flávio Conceição e retroceder, fazer isso é afirmar que Sergipe é um estado onde se legaliza a ausência de controle social. Estamos aqui com o doce de leite e a pizza porque esperamos que os conselheiros não coloquem Sergipe na cadeira da vergonha”, salienta.
O presidente da CTB, Adênilton Santana, afirmou que um dos pré-requisitos para ser conselheiro do TCE é ter conduta ilibada e idoneidade moral.
“É um tribunal que tem a prerrogativa de avaliar as contas dos gestores e políticos. O TCE tem avançado muito nos últimos anos, e o retorno dele realmente é o retrocesso. A gente precisa vir aqui e repudiar. Cobramos o afastamento permanente de Flávio Conceição, ele já recebe sua aposentadoria, o que já é uma aberração, mas pior ainda é ele voltar e sujar a imagem do Tribunal de Contas para o Estado de Sergipe”, observa.
“A gente defende tanto a ética, e o conselheiro tem que ser uma pessoa respeitada na sociedade. Em nome da luta sindical, vamos lutar e denunciar o que está acontecendo aqui”, destaca Pedrão da CSP Conlutas.
Dirigente da CUT e da FETAM, Cláudio Barros Herculano viajou de Propriá para vir ao protesto.
“Isso é uma falta de respeito ao povo brasileiro, ao povo sergipano, por isso a gente tem que cair em cima mesmo e com força. Com o retorno dele, o TCE perde credibilidade. O povo sergipano precisa de respeito. E as centrais sindicais estaduais vão ocupar as ruas novamente para lutar por concurso público para conselheiro, não podemos mais ter indicação política”, defende.
Por unanimidade, os conselheiros do TCE votaram pelo retorno de Flávio Conceição. A partir da decisão, quem deixará a função para o retorno de Flávio Conceição será Clóvis Barbosa, que prepara Mandato de Segurança para protocolo no Superior Tribunal de Justiça.
Fonte: CUT/SE
Foto: CUT/SE/Divulgação
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