As declarações do vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Francisco Gualberto (PT), na tribuna da casa legislativa estadual, na quarta-feira, 02, de que não participaria da sessão que homenageará o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), por este fazer parte de um governo que ataca os direitos dos trabalhadores e defende a ditadura, foram vistas com surpresa pelo empresário e presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese), Marco Pinheiro.
O representante dos comerciantes e empresários sergipanos avalia ser compreensível a ausência do deputado na sessão especial, mas pede bom senso ao parlamentar e cita o exemplo de republicanismo do governador Belivaldo Chagas e do prefeito Edvaldo Nogueira.
“Haverá momentos em que precisaremos estar em diálogo com o Governo Federal. Belivaldo Chagas já fez isso, inclusive estando com o presidente da República. Edvaldo Nogueira, mesmo com o seu partido não apoiando a gestão de Michel Temer, quando presidente da República, teve uma série de emendas liberadas para a capital com o apoio de André Moura. É tão difícil para alguns entender que a demagogia partidária atrapalha o diálogo e o desenvolvimento?”, questiona o empresário.
De acordo com Marco Pinheiro, o momento de dificuldades em que o país atravessa é fruto da incompetência de governos anteriores, principalmente do Governo Dilma, o qual ele acusa de ser o principal responsável pela estagnação econômica.
“A atual situação que o Brasil e Sergipe vivem, no tocante a pautas nacionais, é o resultado de anos de incompetência e corrupção. Em 2018, durante o Governo Temer, vimos o processo de hibernação da Fafen começar como resultado de um reposicionamento da Petrobras, que perdeu valor de mercado devido aos casos de corrupção escancarados durante a gestão da presidente Dilma Rousseff, do mesmo partido do deputado, que esquece que foi após os escândalos relacionados e publicizados com relação à empresa que vimos a crise no país se agravar, com a queda de valor de mercado da empresa e perda da confiança no Brasil como mercado para investimentos”, pondera Pinheiro, acrescentando ter sido ainda no Governo Dilma a paralisação das obras de duplicação da BR-101.
“Foi no Governo Dilma Rousseff que vimos a obra de duplicação da BR-101, arrastada há tantos anos, ser paralisada novamente, e só no Governo Temer tivemos o início de uma perspectiva, não realizada, de retomada. Trechos só foram concluídos com o apoio do Exército Brasileiro, mesmo quando Marcelo Déda (in memorian) lutava para restaurar tantas rodovias estaduais”, relembra o empresário sergipano.
Para Marco Pinheiro, que vem se consolidando com uma das mais importantes lideranças do empresariado sergipano, por sua formação, disciplina e compromisso com o país, o vice-presidente é merecedor da justa homenagem.
“Não apenas por ser vice-presidente da República ou pela brilhante carreira militar. Hamilton Mourão possui experiência como gestor, formação e disciplina do mais alto nível e tem se mostrado capaz, agindo como um articulador, pautado pelas necessidades do país e prudente ao ouvir opiniões e articular as ações necessárias. É uma homenagem justa, independente de qual posicionamento político se tenha”, conclui.
Foto: Acese/Divulgação
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