A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB-SE) confirmou que recebeu a carta-renúncia da advogada Bruna Hollanda, que pediu renúncia do cargo de conselheira da Ordem em Sergipe. Ela acusa a Diretoria da OAB de omissa em relação ao caso do suposto estupro praticado contra ela por um colega advogado.
“No dia de ontem, a Diretoria da OAB Sergipe recebeu e encaminhou a carta-renuncia de uma conselheira seccional aos trâmites protocolares da Ordem. Compreendemos e nos solidarizamos plenamente com o difícil momento que nossa colega está vivendo, e também lamentamos a sua renúncia ao Conselho”, diz nota da OAB enviada ao Hora News.
Segundo a Diretoria da Seccional de Sergipe, todas as medidas em relação a denúncia de estupro estão sendo adotadas, inclusive com instauração de processo disciplinar contra o advogado suspeito da violência sexual.
“Dentro da sua esfera de competência, a OAB adotou todas as medidas que estavam ao seu alcance, inclusive com instauração de processo disciplinar e imediato afastamento do conselheiro. No entanto, nada que a Ordem fez, e ainda fará, será capaz de cicatrizar as dores vivenciadas pela nossa colega. Reafirmamos à mesma que não lhe faltará apoio moral, psicológico e institucional por parte da nossa Casa, que permanece à disposição para prestar todo o acolhimento, estando aberta para fazer além do que foi feito até este momento”, salienta.
Ainda, de acordo com a Diretoria, a entidade seguirá agindo com transparência e equilíbrio, cobrando a devida apuração dos fatos e de forma intransigente defendendo os direitos das mulheres.
“A OAB/SE seguirá agindo com ética, transparência e equilíbrio, cobrando a devida apuração dos fatos e garantindo a ampla defesa e o contraditório, mas sem deixar de lutar, de forma firme e intransigente, por aquela que sempre foi e sempre será uma das principais pautas da nossa instituição: a defesa dos direitos das mulheres”, conclui a nota assinada pelo presidente Danniel Costa.
O crime de estupro teria ocorrido em 27 de janeiro, no apartamento do suspeito, que nega a acusação de violência sexual. Após saírem de uma festa, o advogado teria oferecido carona a colega, porém ele teria desviado o percurso e levado a colega para o apartamento dele, onde o estupro teria sido consumado.
Por Redação
Foto: OAB
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