A indicação do ex-deputado federal Márcio Macedo, atual vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), para disputar a Prefeitura de Aracaju pelo partido, sem uma discussão prévia com a militância petista, revoltou a Articulação de Esquerda, que emitiu uma nota condenando a postura da Executiva Estadual da legenda.
Os líderes da Articulação de Esquerda lembram que o PT nasceu defendendo a democracia interna e cobram que a militância seja convocada para juntos construírem o programa de governo e a candidatura petista a Prefeitura de Aracaju.
“O PT foi construído na perspectiva de democracia em seu funcionamento interno. São espaços de discussão e deliberação partidária: núcleo, setorial, comissão executiva, diretório, encontro e congresso. Defendemos que a militância seja convocada a participar da construção de um programa democrático e popular, através das instâncias partidárias, com definição urgente dos eixos que irão nortear a candidatura petista a ser aprovada nos marcos do calendário que será aprovado pelo Diretório Nacional do PT no dia 17 de Janeiro”, diz a nota, acrescentando que não aceitará “rolo compressor” nem a instituição de maioria automática.
“Conclamamos as companheiras e companheiros das outras tendências partidárias a respeitarem a democracia petista. Não aceitaremos “rolo compressor”, nem a instituição de maioria automática”, observa, defendendo a construção de uma unidade de esquerda para enfrentar os aliados do governo Bolsonaro em Aracaju.
“A militância da Articulação de Esquerda defende que o PT construa em Sergipe uma Frente de Esquerda, articulada a elaboração de um programa democrático e popular, de reformas estruturais com base numa tática nacional de oposição à Bolsonaro e seus aliados estaduais e municipais”, salienta.
Além de defender candidatura própria a Prefeitura de Aracaju, rompendo com o prefeito Edvaldo Nogueira, a Articulação de Esquerda também pede que o partido entregue os cargos no governo do estado, se isolando do governador Belivaldo Chagas.
“Nesse sentido, o PT deve ter candidatura própria na disputa eleitoral de Aracaju. Mas não basta romper com o governo Edvaldo, é preciso também sair do governo Belivaldo”, afirma a nota enviada ao Hora News.
O grupo liderado pelos professores Joel Almeida, Rubens Marques (Professor Dudu), Roberto Silva e Ivonete Cruz, afirma que, por não ter participado da reunião com o senador Rogério Carvalho, no dia 8 deste mês, com a presença do deputado federal João Daniel e de outras lideranças petistas, também não participará da reunião das tendências na sede do PT.
“Informamos que nenhuma pessoa do nosso agrupamento esteve na reunião na casa do senador Rogério. Infelizmente a direção do PT há muito tempo não se reúne. A tendência petista Articulação de Esquerda não participará da reunião entre tendências logo mais na sede do PT. Aguardamos a convocação da reunião da Direção do PT para debater a luta pela revogação da reforma da previdência estadual e a tática de todo partido para as eleições 2020 em Sergipe”, conclui a nota assinada pelos líderes da Articulação de Esquerda do PT.
Por Redação
Foto: Divulgação
Comente