Jornalista que revelou mensagens de Moro avisa: revelações mais explosivas virão

A TVT exibiu na terça-feira (18) uma entrevista exclusiva com o editor do site The Intercept Brasil, o americano Glenn Greenwald, que revelou diálogos do ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol que comprometem a condenação do ex-presidente Lula da Silva no caso do apartamento tríplex.

Rebatendo críticas de defensores do ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o jornalista, que está respaldado pelas entidades de classe do Jornalismo brasileiro, garante que está fazendo Jornalismo em sua essência e contribuindo com a transparência e a democracia.

“O que estamos fazendo, independentemente da opinião sobre o Sérgio Moro, Deltan Dallagnol ou sobre o The Intercept, é Jornalismo. É mostrar o que as pessoas mais poderosas no país estavam fazendo nas sombras e essa transparência é fundamental para qualquer democracia. E é isso que está em jogo com as ameaças que estamos recebendo”, diz Greenwald, acrescentando que um caso dessa natureza nos Estados Unidos resultaria na exoneração imediata do juiz.  

“Você não pode ser um juiz no seu próprio caso, como é o que ocorre com o Sérgio Moro. Nos Estados Unidos, há o entendimento que qualquer juiz, mesmo em causas pequenas, que for pego fazendo o que Moro fez no caso do Lula, colaborando em segredo com os procuradores, com certeza vai perder o cargo público imediatamente. Mas no Brasil até agora isso não aconteceu”, lamenta o profissional da imprensa.

O jornalista explica que ainda não divulgou a parte mais grave das conversas entre Moro e Dellagnol, por que todo o material carece de uma apuração cuidadosa. Por ser um conteúdo vasto, ele adianta que a produção jornalística pode durar meses.

“É difícil prometer que o material vai sair em um dia específico, porque às vezes no último minuto um advogado ou um editor pergunta alguma coisa, ou queremos fortalecer a parte de reportagem, então demora mais tempo do que estamos planejando. Mas nossa intenção com certeza é para publicar mais artigos nesta semana e também na semana que vem. E provavelmente essa reportagem toda vai durar meses porque é um arquivo enorme e em minha opinião o material mais importante, e mais explosivo, ainda não foi publicado”, conclui o jornalista.





Foto: JP/Divulgação

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