Imoralidade e negociata política, diz presidente da CUT sobre nomeação de Sílvia Fontes no TCE

A população sergipana ainda não conseguiu digerir a nomeação da ex-deputada estadual Sílvia Fontes, esposa do deputado federal Fábio Henrique (PDT), para um cargo comissionado no Tribunal de Contas do Estado (TCE), com o supersalário de R$ 16 mil por mês.

Em nota enviada ao Hora News, o TCE explica que o cargo de coordenadora adjunta de comunicação, para o qual a ex-deputada foi nomeada, não exige qualificação profissional na área, e que o serviço prestado pela comissionada é de natureza administrativa.

“A função básica atribuída pelo Departamento ao Adjunto é desenvolver serviços internos de natureza administrativa, tais como recepção, expedição de documentos, arquivo de conteúdos impressos e digitais, requisição, controle e distribuição de material de expediente, agendamento de transporte, disponibilização e manutenção de equipamentos, enfim, providenciar apoio logístico aos diversos serviços do setor”, explica o TCE.

A explicação do Tribunal de Contas deixou a população ainda mais estarrecida, pois a ex-deputada ganha R$ 16 mil para exercer uma espécie de cargo de office gay, profissional sem especialização responsável por realizar diversas tarefas rotineiras numa empresa, como o transporte e distribuição de correspondências, documentos, objetos e demais mensagens. O Tribunal de Contas explica, mas não convence.

Para o professor Rubens Marques, o Professor Dudu, presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT-SE), a nomeação da ex-deputada cheira mal e é muito ruim para a credibilidade do tribunal.

“Eu acho que é muito ruim, mas muito ruim mesmo que um deputado federal, seja deputado estadual, seja senador, tá indicando parente – nem parente nem aliado – para o Tribunal de Contas, que tem que fazer é concurso e não manter esse tipo de indicação. Cheira muito mal uma resposta de que a atribuição dela é atribuição corriqueira, impressão de papel, processo, documentos. Isso é muito ruim. 16 mil? É importante que o Hora News analise ai e compare o salário de um trabalhador efetivo que faz a mesma função. Com certeza não deve ganhar mais que R$ 2 mil. Isso mostra privilégio”, desabafa o Professor Dudu, que enxerga na nomeação uma imoralidade e uma negociata política.

“Quero dizer que lamento. Tribunal tem que fazer é concurso e não tá indicando parente de político para pagar um salário de R$ 16 mil. Uma imoralidade, não tenha dúvida, não tenha dúvida. O tribunal vai virar o tribunal faz de contas de novo, se não já está virando. É uma pena que o povo pague uma estrutura daquela pra que a gente veja servir de cabide e de apadrinhamento e negociata política”, conclui o Professor.

Com o salário mensal de R$ 16 mil, em apenas um ano a ex-deputada vai embolsar a bagatela de R$ 192 mil.




Foto: CUT/Divulgação

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