Um fato revoltante ocorreu nesta quinta-feira (12) no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) envolvendo a professora Sheyla Galba, fundadora da Associação Mulheres de Peito. Ela foi expulsa do hospital no momento em que visitava uma mulher em uma das alas da unidade hospitalar.
Sheyla foi surpreendida por dois seguranças que teriam informado que ela não poderia continuar no hospital. As ordens, segundo os seguranças, teriam partido da direção do hospital público.
“Hoje eu estava fazendo uma visita a Rosineide, uma mulher de peito, na Ala G, enfermeira 7, leito 4, no Huse, quando fui surpreendida por dois seguranças que disseram que eu teria de me retirar do hospital. Infelizmente, eu fui expulsa do Huse por dois seguranças a mando da direção do hospital”, relata Sheyla.
Ela salienta que devido o desrespeito se sentiu a pior das mulheres pela forma humilhante que foi tratada em um hospital público. Mediante o gesto desrespeitoso da direção do Huse, ela questiona a Secretaria de Estado da Saúde.
“Naquele momento, eu me senti a pior pessoa do mundo, sendo escoltada por dois seguranças. Em nenhum momento a direção conversou comigo, não fui procurada por ninguém. De maneira desrespeitosa a direção do Huse preferiu que dois seguranças me abordassem, sem que eu nunca tivesse oferecido resistência a qualquer decisão do hospital. Senhor secretário de Estado da Saúde, Valberto Lima, qual o problema das minhas idas ao Huse? O que vocês têm a esconder do povo?”, pergunta.
Sheyla Galba, que é professora de História com pós-graduação e fundadora da Associação Mulheres de Peito, salienta ao Hora News que nunca havia sido humilhada por uma instituição e que senti na pele a falta de um tratamento digno para os pacientes oncológicos.
“Foi um desrespeito. Eu me senti humilhadíssima. Eu nunca fiz nada a ninguém, nunca roubei, nunca matei pra ser passada por um constrangimento e humilhação dessas. Minha indignação e minha revolta de uma paciente oncológica. Eu sou uma paciente, eu sofri na pele, eu sei o que é a falta de tratamento, e eu só levantei uma bandeira e estou apenas tentando ver se conseguimos um tratamento digno para todos e mais nada”, desabafa, advertindo que a medida da direção do hospital a fortaleceu e que continuará fazendo as visitas.
“Se eles acham que eu irei desistir, estão muito enganados. Isso tudo só me encoraja mais”, conclui, Sheila Galba, que fundou a Associação com o objetivo de reforçar a luta por um atendimento digno aos pacientes oncológicos.
Ela observa ainda que os seguranças da Sacel, empresa prestadora de serviços de segurança hospitalar, a trataram com respeito.
Por Redação
Foto: YouTube/Divulgação
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