Enquanto as federações paulista e gaúcha, seguindo orientação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), decidiram suspender por tempo indeterminado os jogos dos campeonatos paulista e gaúcho, como forma de evitar a contaminação e proliferação do coronavírus entre o público nos estádios de futebol, a Federação Sergipana de Futebol adotou medida contrária, mantendo os jogos e permitindo a presença dos torcedores nos estádios. Já a Federação Fluminense de Futebol manteve os jogos do Campeonato Carioca, mas com os portões fechados para as torcidas.
A medida adotada pela CBF, que já suspendeu as competições nacionais, segue as orientações do Ministério da Saúde. As normas estabelecidas pelo governo têm prazo indeterminado e foram tomadas para ajudar a evitar a aglomeração de grande público, o que facilita a transmissão do vírus.
É notório que a paralisação impacta nos clubes e nas entidades do futebol brasileiro, mas no momento esta é a menor questão a se pensar. Este é o momento de estabelecer o que é melhor para os torcedores, jogadores, dirigentes e a população em geral. O momento exige que sejamos mais do que nunca responsáveis e cautelosos.
Em Sergipe, a Federação de Futebol já divulgou o calendário dos próximos jogos do Campeonato Sergipano, sendo que todos terão a participação da torcida, mesmo a CBF e o Ministério da Saúde tendo orientado as federações a não promoverem jogos com a participação do público e, se possível, suspenderem a competição provisoriamente.
A Federação Sergipana de Futebol ignorar uma recomendação das autoridades de saúde, ainda mais com Sergipe já registrando o primeiro caso de coronavírus, é uma atitude no mínimo equivocada se não irresponsável, pois coloca em risco a vida de milhares de pessoas.
Entre a decisão da Federação de Futebol e a recomendação do Ministério da Saúde, é aconselhável que o torcedor siga as orientações do governo e não vá aos estádios de futebol até que o vírus seja efetivamente controlado, como determina a Organização Mundial da Saúde (OMS), que em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, em Genebra, pediu que os governos suspendam todos os eventos públicos.
Portanto, diante das várias recomendações e da gravidade do problema em que o Brasil e o mundo atravessam, é inaceitável que eventos dessa natureza sejam mantidos, em nome da lucratividade de alguns e em detrimento da saúde da maioria da população.
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