A pesquisa divulgada nesta quarta-feira (24) pelo Instituto França de Pesquisa (IFP), que aponta uma estabilidade da candidata a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), em comparação com pesquisas anteriores do mesmo instituto, e uma queda eleitoral em relação a pesquisas de outros institutos, repercutiu positivamente para os pré-candidatos que pontuaram bem no levantamento do IFP, mas negativamente no grupo da candidata do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nesta quinta-feira (25), o pré-candidato a vereador delegado Paulo Márcio, sem citar nomes, em artigo publicado no Hora News, questionou os resultados do instituto de pesquisa, ressaltando que “Emília teve subtraído quase 25 pontos percentuais em desonesta comparação com outros institutos”.
Já a pré-candidata Candisse Carvalho (PT), teve motivos para comemorar em dose dupla: primeiro, por ter tido sua pré-candidatura homologada pela Federação Brasil da Esperança e, segundo, por ter sido a que mais cresceu na pesquisa do Instituto França, juntamente com o pré-candidato do prefeito e do governador, Luiz Roberto.
O empresário William França, CEO do Instituto França de Pesquisa (IFP), rebateu as criticas ao resultado da pesquisa, e explicou os motivos que levaram a queda eleitoral da candidata Emília Corrêa, salientando que ela nunca obteve percentual de 48% nos levantamentos feitos pelo IFP.
“Primeiro que, em nenhuma pesquisa do Instituto França, Emília tinha um percentual de 48%. Esse percentual de 48% foi conseguido através de outra pesquisa de outra empresa. Então, eu não vou comparar o meu trabalho com o dos outros, porque eu não sei como é feita a metodologia dos outros, eu comparo o meu com o meu, eu tento fazer sempre melhor. Todas as pesquisas desse ano, Emília, nesse cenário, com os mesmos candidatos praticamente, ela fica em torno de 26%, 27,28%. Então, em relação às pesquisas do Instituto França, Emília não caiu e nem subiu, o primeiro ponto é esse. Segundo ponto: o percentual de 48%, além de ser de outra empresa, foi uma simulação dos votos válidos, em nenhuma pesquisa do Instituto França, ela chegou perto disso. Terceiro importantíssimo ponto de vista: essa questão da queda de Emília tá sendo explorada, politicamente, por uma candidata contra Emília. Então, isso foi jogada de marketing, estão tentando mostrar a queda de Emília e aí eles pegaram os 48% de votos válidos que Emília teve na última pesquisa e derrubaram para os 27% que deu no Instituto França, de votos válidos. Então, isso aí foi marketing e eu não entro nessa questão, eu apenas faço a pesquisa, coloco os números e pronto, simplesmente cada um faz sua análise, a sua jogada de marketing e, não manipulando os números, não colocando números errados, eu não posso fazer nada”, explica ao Hora News o diretor-executivo do instituto.
“Então é assim, em resumo é isso: 48% de votos válidos de Emília, 27%, 26%, não lembro bem ao certo, dos votos totais do Instituto França. Outrem, são duas pesquisas diferentes de duas empresas diferentes, então eu acho que os resultados deveriam dar parecidos, mas não deram, então não tem como comparar. Eu fiz o meu trabalho, como eu sempre faço e creio que o outro amigo aí também fez o trabalho dele, como ele sempre faz e a gente conseguiu dois resultados diferentes”, acrescenta William França.
O especialista em pesquisa eleitoral confirma que Candisse Carvalho teve forte crescimento, juntamente com Luiz Roberto, enquanto Emília Corrêa e Yandra Moura se mantiveram estáveis.
“Então, está uma diferença muito grande pra um espaço de tempo muito curto e aí uma das duas pegou uma tendência aí que pode ter sido momentânea, pode ter sido a minha, pode ter sido a dele. E eu falo da minha porque eu tenho uma constância, essa é a terceira pesquisa que eu faço registrada, no ano, e mostra estabilidade, tanto de Emília, quanto de Yandra, um crescimento de Luís Roberto, um crescimento de Candisse”, observa.
Ainda, segundo William França, não há como comparar a pesquisa do IFP com as realizadas por outros institutos, já que são universos diferentes.
“Eu tenho essa série de dados que me faz dar mais segurança para eu comentar o meu trabalho. Então, essa comparação que fizeram não existe, essa queda acentuada de Emília, como falaram, são universos diferentes comparados, votos válidos com votos totais, também não existe e nas pesquisas do Instituto França, não mostra nada do que tá sendo falado aí, politicamente explorado, não é nada do que está sendo politicamente explorado, entendeu?”, justifica, acrescentando que as críticas fazem parte do jogo político de quem está ganhando ou perdendo nas pesquisas.
“Começou o jogo, viu? Então é assim, pesquisa sai, vai ter sempre isso, é uma guerra! (risos). Mas espero que tenha ficado bem claro aí, viu, que a galera tá confundindo aí, estão jogando os números politicamente, isso aí já foge muito da minha alçada, eu faço a parte técnica e dou os esclarecimentos”, conclui o diretor do IFP.
Nas últimas eleições, o IFP foi o instituto de pesquisa que mais se aproximou dos números oficiais divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tanto em Sergipe, como no Brasil.
Pesquisas do IFP
Confira os números e compare os resultados das pesquisas do IFP, nos cenários induzido e espontâneo, referente aos meses de maio e julho deste ano:
Por Redação
Foto: Divulgação
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