Vereadora critica Governo e prefeitura por falta de apoio a Matadouro de Cedro

Muito antes do anúncio da possível reabertura dos matadouros de Itabaiana, Lagarto e Capela, a vereadora Zizi Andrade cobra empenho do prefeito e do Governo do Estado para o mesmo estabelecimento de Cedro de São João, fechado há mais de 120 dias. Em entrevista ao Hora News, ela diz que tenta audiência como o governador Belivaldo Chagas desde o ano passado, e sempre ouve dos assessores que vão passar a informação, e até a data de hoje não recebeu nenhuma resposta do Gabinete ou da Casa Civil.

Revoltada com a falta de atenção, a vereadora chega a perguntar: “o que esses municípios têm que Cedro de São João não tem?

“Ainda que sejam de grande porte, Lagarto, Itabaiana e Capela estão na mesma situação do nosso, os seus matadouros também foram interditados. É sabido que os fechamentos se deram por pedido da Adema e da Justiça, baseados nos relatórios de inspeção, que indicam a exigência da Licença Ambiental para o funcionamento. Mas alguma coisa tem que ser feita”, desabafa.

O Matadouro de Cedro de São João foi construído na gestão do governador João Alves Filho, e já na gestão do saudoso Marcelo Déda foi realizada uma reforma com a instalação de equipamentos modernos, tornando-o o melhor do Baixo São Francisco.

Cedro, por tradição sempre se destacou na preparação da carne de sol, considerada a melhor de Sergipe. Sua fama atravessava vários estados.

Ainda sobre a luta pela reabertura do Matadouro, Zizi Andrade relata que em uma das visitas ao Ministério Público para informar o prejuízo que não só o comércio como os trabalhadores passariam, o promotor lhe comunicou que todos os prazos solicitados pelo município para regularizar a situação foram concedidos, porém, chegou o momento de não ser possível conceder mais prazos, vindo culminar no fechamento.

“É lamentável que isso tenha acontecido por mais de uma vez, e quando voltou a funcionar foi através de liminar. Gestores passaram, porém nunca olharam para o Matadouro como um gerador de renda. Não aproveitaram a fama da sua carne, e não exploraram isso. Uma festa na cidade com pagamento de bandas caríssimas poderia ser substituída pelo investimento nas necessidades do estabelecimento, e hoje não precisaríamos passar por tal situação”, ponderou a vereadora.

Ela encerra a entrevista com um lamento: “É triste ver o homem pobre que vinha no seu jumentinho lá do Povoado Caraíbas, município de Canhoba, até o Cedro, buscar um “frito de carne” para alimentar seus filhos. E hoje, depois do fechamento do matadouro, ele ficou sem essa opção de alimentar sua família”, conclui.

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