Durante o grande expediente da sessão legislativa desta quarta-feira , a vereadora e professora Ângela Melo (PT) disse que a busca de solução do problema de violência contra as escolas exige uma luta coletiva e união de toda sociedade contra discursos de ódio que tensionam e responsabilizam de forma equivocada as pessoas que estão no espaço escolar.
Ângela destacou que esta conjuntura de violência é promovida pelo discurso do ódio da extrema-direita nos últimos anos com impacto direto na escola. Ela lembra que o problema é complexo e ganhou força diante da vulnerabilização e precarização da classe trabalhadora somada à desumanização gerada pela propagação de uma cultura hostil e de desrespeito à escola.
Tudo isso, segundo Ângela, atende ao projeto capitalista de um modelo de destruição ensino e da vida. A parlamentar lembrou ainda que neste contexto o Brasil enfrenta uma crise que impõe às trabalhadoras e aos trabalhadores da educação, especialmente da escola pública, uma cruel desvalorização profissional, o que envolve também o projeto do sucateamento generalizado desta área.
Ela alertou ainda que os discursos permanentes de ódio produzidos contra as escolas resultam no sentimento coletivo de repulsa contra a comunidade escolar, o que deve ser enfrentado de forma permanente.
“Primeiro é preciso uma observação sobre o conceito de violência. Quando falamos em violência contra as escolas estamos falando sobre violências contra as pessoas que estão na escola é contra a própria noção de educação emancipadora e transformadora. Sim, porque os ataques que temos visto são baseados no ódio, no terror e no extremismo”, destacou, ao lembrar que “são ataques contra crianças, jovens, professoras e professores, e também contra a própria escola e a educação”, reforçou.
Ao abordar o Relatório O Extremismo de Direita entre Adolescentes e Jovens no Brasil: Ataques Às Escolas e Alternativas para a Ação Governamental Dez. 2022, do governo federal, a vereadora defendeu alternativas ao problema ao afirmar ser necessário “pensarmos respostas a partir do princípio de que a violência não cura violência, armas não curam violência e vigilância não cura violência”, observou.
Por Katia Azevedo
Foto: Gilton Rosas
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