Vereador condena resolução do CNS que recomenda redução da idade para tratamento hormonal

O vereador Eduardo Lima (Republicanos) usou o Grande Expediente, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), na manhã desta quinta-feira, dia 10, para criticar a Resolução 715/2023, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que recomenda a redução da idade para realização do tratamento hormonal para mudança de sexo, de 16 para 14 anos. A proposta também quer  a legalização do aborto e da maconha no Brasil.

“Como presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente nesta Casa, sou totalmente contrário à esta resolução, não podemos permitir isso que foi publicado pelo CNS”, disse Eduardo Lima.

A proposta faz parte do Plano Plurianual e do Plano Nacional de Saúde  do governo Lula (PT), para os próximos quatro anos, a partir de 2024.

O vereador leu em Plenário uma nota de repúdio da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), que entende, que apesar de “contribuir com o processo democrático e constitucional de formulação da política nacional de saúde”, a Resolução nº 715/2023 apresenta graves problemas, oferecendo recomendações contrárias à garantia de direitos fundamentais, como a vida, e à proteção da infância e adolescência” (SIC).

Bloqueio Hormonal

Em junho deste ano, Eduardo Lima já havia se pronunciado contra o bloqueio hormonal em crianças, que é feito no Hospital das Clínicas (HC), vinculado à Universidade Estadual de São Paulo (USP).

Segundo o site G1, crianças podem receber, por meio injetável, os bloqueadores de puberdade, que são usados para que não desenvolvam características do sexo biológico. No caso das meninas, o procedimento pode impedir o crescimento dos seios e impede a menstruação. No caso dos meninos, os pelos faciais são impedidos de nascer e o engrossamento da voz não ocorre.

“Na minha opinião, como cidadão, e a democracia me dá o direito de opinar, e de ter uma posição contrária, e não estou sendo transfóbico ou homofóbico, estou falando de algo que acredito: uma criança não tem o poder de escolha para decidir se quer ser homem ou mulher, e eu não vou baixar minha cabeça para uma ou outra pessoa dizer que estou errado”, disse o parlamentar à época.




Por Leonardo Teles
Foto: Gilton Andrade

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