‘Valentão’ do YouTube pode ir parar na cadeia por discurso de ódio contra estudante

O youtuber Nando Moura, que defende a ideologia de extrema direita nas redes sociais, desrespeitando quem pensa diferente dele, inclusive classificando os opositores ao seu pensamento por nomes inaceitáveis, que preferimos não mencioná-los aqui, em respeito ao nosso leitor, poderá ir parar atrás das grades.

O Ministério Público do Estado de São Paulo entrou com uma ação no Juizado Especial de Embu das Artes, interior paulista, pedindo a condenação de Nando Moura por injúria e difamação. O Ministério Público toma como base para solicitar a condenação do youtuber, um vídeo publicado no YouTuber em que ele chama uma estudante de “vagabunda” por três vezes. O vídeo teve mais de 100 mil visualizações.

Na ação, que ficou parada desde o final de 2015 pelo fato do oficial de Justiça não ter conseguido localizar o réu para notifica-lo, o Ministério Público requer a condenação de Nando Moura a pena de dois anos de prisão.

“Durante este tempo, oficiais de Justiça buscaram Moura nos endereços constantes em suas contas de telefone celular e outros serviços, e também na casa de sua mãe (que disse que o filho tinha se mudado dali, mas que ela não sabia para onde), sem nunca encontrá-lo”, destaca reportagem do site Diário do Centro do Mundo.

“A queixa crime contra o youtuber se deu em virtude de um vídeo a respeito de um episódio de racismo que tinha ocorrido na Faculdade de Direito da USP em Ribeirão Preto”, relembra a reportagem. Nele, Nando Moura se referia a uma estudante negra que havia tomado parte em protestos contra a manifestação racista. Nando agrediu verbalmente a estudante de várias formas.

“É isso que você quer, não é, sua vagabunda? Se fazer de coitada para conseguir mamar nas tetas do governo. É ou não é? É claro que é!”, dispara o youtuber. Ele ainda xingou a estudante de “vagabunda” em mais duas ocasiões.

O vídeo foi retirado do Youtube, mas segue anexado aos autos processuais. A defesa de Nando nega a existência do crime sob a alegação de que ele teria feito um “exercício claro e inalienável de seu direito de expressão”.


Da Redação com informações do Diário do Centro do Mundo
Foto: YouTube

Comente

Participe e interaja conosco!

Arquivos

/* ]]> */