Valdevan Noventa promete levar recursos para São Paulo. E Sergipe, como fica?

O deputado federal Valdevan Noventa (PSC-SE), que foi eleito pelos sergipanos para representá-los na Câmara Federal, parece esquecer que foi o povo sergipano que o elegeu deputado e não o eleitorado paulista.

Em publicação numa rede social da vereadora de Taboão da Serra, Joice Silva, o deputado sergipano aparece ao lado de várias lideranças políticas da região paulista, prometendo levar recursos para os municípios do interior de São Paulo.

A vereadora, que se diz amiga do parlamentar sergipano, anuncia que uma reunião já foi agendada com o prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes, para apresentar ao deputado Valdevan Noventa as principais demandas da cidade.

“Tivemos uma noite muito produtiva onde nosso grupo político recepcionou nosso querido amigo e deputado federal Valdevan Noventa. Conversamos muito sobre os projetos para a nossa cidade. Noventa é um parceiro importante do nosso time e da cidade”, escreve a vereadora, acrescentando que uma reunião com o deputado e o prefeito já foi agendada para discutir as principais demandas do município.

“Já marcou agenda com o prefeito Fernando Fernandes e vereadores de base, em Brasília, na próxima semana, e vai trabalhar firme para ajudar a cidade trazendo recursos importantes para o crescimento de Taboão da Serra”, postou a vereadora do município paulista de 285 mil habitantes.

Nada contra um parlamentar federal ajudar outras regiões do país, mas antes de levar recursos para o interior paulista não seria mais compreensível pensar primeiro em Sergipe, estado que o elegeu, do que se preocupar com um estado rico, que conta com 70 representantes na Câmara Federal, enquanto Sergipe tem apenas oito federais?

O deputado Valdevan Noventa deve no mínimo uma explicação ao povo sergipano, principalmente aos eleitores que o fizeram deputado federal para representar Sergipe em Brasília, e não São Paulo. É no que dar se eleger um desconhecido do povo.

Valdevan Noventa começou sua carreira política em Taboão da Serra, onde se elegeu vereador do município paulista, distante 18 km da capital, São Paulo.

Em Sergipe, ele responde processo judicial por suposta compra de votos na eleição para deputado federal. Chegou a ser preso, mas liberado dias depois por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

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