Vacina contra HPV integra estratégia de eliminação do câncer de colo de útero, mas Brasil está abaixo da meta

No Brasil, o câncer de colo de útero é a segunda maior causa de morte por câncer em mulheres com 20 a 49 anos. Além disso, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O Março Lilás, mês da conscientização e combate ao câncer de colo de útero, é um importante momento para conscientizar mulheres e homens sobre a relevância dos exames preventivos e da vacinação contra a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), que é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer, que mata uma mulher a cada hora no Brasil.

Contudo, um estudo da Fundação do Câncer divulgado em 2023 mostra que o país está abaixo da meta de vacinação contra o HPV.

Seguem mais dados relevantes sobre o câncer de colo de útero, que podem contribuir para a pauta:
A OMS desenhou a estratégia de eliminação do câncer do colo do útero tendo como prioridade a vacinação contra o HPV, assim como rastreio e tratamento adequado.

A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é vacinar 80% da população elegível até 2023. O estudo da Fundação do Câncer aponta que a cobertura vacinal da população feminina entre 9 a 14 anos alcança 76% para a primeira dose, e apenas 57% para a segunda dose. Dependendo da região do país, a adesão à segunda dose varia entre 50% a 62%.

Na população masculina, a cobertura vacinal é de 52% na primeira dose, e 36% na segunda. Dados do INCA indicam que no triênio 2023-2025 haverá mais de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero por ano no Brasil, uma incidência preocupante na ordem de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.

Cobertura vacinal contra o HPV por regiões:

Norte
Meninas entre 9 a 14 anos: 68,5% primeira dose | 50,2% segunda dose.
Meninos entre 11 a 14 anos: 41,6% primeira dose | 28,1% segunda dose.
Nordeste
Meninas entre 9 a 14 anos: 71,9% primeira dose | 57,9% segunda dose.
Meninos entre 11 a 14 anos: 50,4% primeira dose | 35,8% segunda dose.
Centro-Oeste
Meninas entre 9 a 14 anos: 75,1% primeira dose | 57,2% segunda dose.
Meninos entre 11 a 14 anos: 52% primeira dose | 36,4% segunda dose.
Sudeste
Meninas entre 9 a 14 anos: 77,1% primeira dose | 59,3% segunda dose.
Meninos entre 11 a 14 anos: 55,9% primeira dose | 39,7% segunda dose.
Sul
Meninas entre 9 a 14 anos: 87,8% primeira dose | 62% segunda dose.
Meninos entre 11 a 14 anos: 63,8% primeira dose | 43% segunda dose.

É importante lembrar que o Brasil disponibiliza, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina quadrivalente contra o HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos; homens e mulheres transplantados; pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia; pessoas vivendo com HIV/Aids; e vítimas de violência sexual.

Na rede privada, há ainda a disponibilidade da vacina novavalente, que protege contra os nove tipos mais comuns de HPV e oferece 90% de proteção contra o câncer de colo de útero.



Por Assessoria de Imprensa
Foto: Flávia Pacheco

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