O ex-presidente Lula da Silva obteve uma importante vitória na Justiça Federal. Por unanimidade os desembargadores federais absolveram o ex-presidente da acusação de obstrução à Justiça no caso Nestor Cerveró, feito pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal e Territórios.
Os desembargadores reafirmaram a decisão de primeira instância que havia concluído que o suposto flagrante que deu origem à ação judicial teria sido preparado, ou seja, forjado para prejudicar os réus.
Com base nas provas apresentadas pela defesa do ex-presidente e dos demais acusados, a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) absolveu por unanimidade o ex-presidente Lula e outras cinco pessoas, incluindo o ex-senador Delcídio do Amaral, da acusação de obstrução à Justiça.
Na época, em 2015, Lula e Delcídio do Amaral foram acusados de tentar comprar o silêncio de Cerveró, que se tornara delator da Operação Lava Jato. O caso custou o mandato de senador de Delcídio, que foi cassado em março de 2015 pelo Senado por quebra de decoro. Ele era acusado de negociar uma “mesada” para Cerveró e avaliar um possível plano de fuga para o colaborador das investigações.
As tratativas foram feitas com o filho do ex-diretor da Petrobras, Bernardo Cerveró, que gravou as reuniões. As conversas, conforme o Ministério Público Federal, teriam partido de determinação do ex-presidente Lula, que na visão dos procuradores, pretendia impedir Cerveró de se tornar delator da Lava Jato.
Na sentença da 10ª Vara do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, o juiz Ricardo Leite entendeu que não havia provas suficientes para manter as acusações.
Ele também apontou na decisão judicial que os pagamentos foram solicitados por Bernardo e Nestor Cerveró de forma premeditada, a fim de preparar um flagrante e, depois, oferecer provas ao Ministério Público e, com isso, fortalecer a delação do ex-diretor da estatal.
Com informações do TRF1
Foto: Arquivo/PT
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