Trabalhadores rurais marcham em defesa da reforma agrária e libertação de Lula

Sob sol e chuva trabalhadores rurais de todo estado de Sergipe participaram, nesta quinta-feira, dia 25, da 17ª edição da Marcha Estadual do Trabalhador Rural. Pela manhã, assentados e acampados da reforma agrária, juntamente com trabalhadores da cidade iniciaram a marcha na praça Ronaldo Calumby Barreto, no conjunto Tiradentes, em Aracaju. O deputado federal João Daniel (PT/SE) participou de todo trajeto da caminhada, que encerrou no final da tarde na Praça General Valadão, no Centro de Aracaju.

De acordo com o parlamentar, este foi mais um dia importante com a participação de representantes do MST de todo estado para essa caminhada histórica do 25 de julho.

“Em defesa da reforma agrária, dos novos assentamentos, de um Incra forte e, este ano, em defesa da libertação do presidente Lula. A reforma agrária está totalmente paralisada no país. O governo Bolsonaro desestrutura totalmente os programas sociais e as políticas públicas. O Brasil inteiro passa por este momento muito importante de defesa do país e da soberania nacional e os trabalhadores e trabalhadoras estão aqui nessa luta”, ressaltou João Daniel.

Como destacou o deputado, este ano a marcha reuniu cerca de 5 mil pessoas e teve como principal pauta de reivindicação a retomada da reforma agrária no país, paralisada desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, além de todas as políticas públicas para o campo, como crédito e assistência técnica, prejudicadas especialmente pela extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Também teve como objetivo reafirmar a defesa dos trabalhadores rurais à libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerado um preso político.

Pela primeira vez, a Marcha teve a participação do dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Paulo Rodrigues. Ele contou que sempre acompanhou de longe todas as edições do ato, vendo a resistência e a auto-organização dos trabalhadores de Sergipe para garantir, a qualquer custo, que o 25 de julho fosse um dia de luta e de manifestação. João Paulo ressaltou que 2019 tem sido um ano muito importante na luta não só do povo sem-terra como de todos os brasileiros, diante de um governo autoritário como o de Bolsonaro.

“Esse MST chegou até aqui tendo nascido na ditadura militar e ajudamos a enfrentá-la e derrotamos os governos Collor, FHC e Temer. O momento é de ter muita calma e sabedoria, é momento de nos prepararmos. Pois só é possível derrotá-lo se tiver uma conjuntura internacional forte, se tiver uma divisão entre eles ou se ação muito forte da oposição”, afirmou.

Por Edjane Oliveira

Foto: Márcio Garcez

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