Muitos deputados federais e senadores sergipanos aplaudiram, na época em que não tinham mandatos, eram apenas candidatos, a decisão do senador pelo Distrito Federal, José Antônio Reguffe, de abrir mão de privilégios oferecidos a todos os parlamentares, tanto no Senado como na Câmara Federal.
O político brasiliense abriu mão dos salários extras que os parlamentares recebem (14º e 15º salários), além da redução da verba de gabinete – de R$ 23 mil por mês para R$ 4.600 – e o número de assessores, reduzindo de 25 para nove assessores.
A medida exemplar do parlamentar gerou uma economia anual aos cofres públicos em mais de R$ 2,3 milhões, o que poderia chegar a R$ 1,2 bilhão se os demais parlamentares fizessem o mesmo.
Agora, já eleitos deputados e senadores, será que algum parlamentar sergipano vai seguir o bom exemplo do colega brasiliense? Ou será que o reconhecimento era apenas em época de campanha para impressionar os eleitores?
Cabe a cada eleitor sergipano investigar seus deputados e senadores e cobrar dos mesmos o exercício da moralidade e da ética na política. Se um parlamentar mostrou na prática ser possível desenvolver um bom trabalho gastando menos dinheiro público, não há a menor dúvida que os demais políticos com mandatos podem e devem seguir o exemplo de Reguffe.
Se os políticos sergipanos – principalmente deputados e senadores – que defenderam as reduções dos privilégios e mordomias não as colocarem em prática deverão ser vistos por todos como oportunistas, demagogos e hipócritas. E que deixemos guardada a resposta para as próximas eleições. Afinal de contas, fé sem obra é morta, como diz o santo livro do Evangelho.
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