Técnicos e ambientalistas discutem Plano Diretor e limite de Aracaju com São Cristóvão

Em reunião ampliada, realizada no último sábado, 15, na sede da Associação dos Moradores do Conjunto Santa Lúcia, em Aracaju, ambientalistas, arquitetos, urbanistas, geógrafos, professores, entre outros, deram início a uma série de debates em torno do planejamento urbano e meio ambiente da Região Metropolitana de Aracaju.

A iniciativa da reunião foi do Fórum em Defesa da Grande Aracaju e na pauta temas como a revisão do Plano Diretor de Aracaju, as obras de infraestrutura – construção de pontes, viadutos, canais e grandes avenidas – e o conflito envolvendo o limite entre os municípios de Aracaju e São Cristóvão.

“Sobre a regularização do limite entre os municípios de Aracaju e São Cristóvão, os segmentos ali representados entendem que muita coisa precisa ser esclarecida para a população das cidades envolvidas. Tanto as partes no processo, que são Aracaju, São Cristóvão e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quanto o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa. No entendimento da maioria dos presentes, precisam adotar uma postura de maior contato com a população”, diz José Firmo, coordenador do Fórum em Defesa da Grande Aracaju.

“A percepção é de que as informações disponibilizadas pelos entes públicos visam mais defender os seus pontos de vista e os interesses de cada parte, sem maiores preocupações em bem informar”, acrescenta.

Plano Diretor de Aracaju

A revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Aracaju, anunciada recentemente pela prefeita de Aracaju, Emília Correa, foi outro ponto analisado pelos presentes.

A preocupação com a situação crítica das normas urbanas de Aracaju foi a tônica da reunião. Além do Plano Diretor em vigor ser uma lei do ano 2000, com diagnóstico da segunda metade da década de 90, os especialistas apontam outros fatores, que somados podem representar um obstáculo à atualização da legislação.

“Em se tratando dos impactos e riscos das obras de infraestrutura, como a construção da ponte ligando a Av. Tancredo Neves ao Bairro Coroa do Meio, a construção de canal e avenida nos Bairros Areia Branca e Matapoã, a duplicação de 1 Km da rodovia dos Náufragos, sobre lagoa, no Bairro Aruana e a construção de ponte ligando as cidades de Aracaju e Barra dos Coqueiros, o debate se deu em torno de ações, atos e atividades para tentar a suspensão das obras visando minimizar os danos”, salienta Firmo.

“No caso da duplicação de pelo menos 1 km da Rodovia dos Náufragos, avançando sobre a lagoa natural, as falas foram no sentido de que a duplicação pode ser necessária, pode ser importante, mas pode ser executada dando sequência ao traçado hoje existente, seguindo basicamente em linha reta, pelo lado direito do sentido Atalaia/Robalo, onde há “folga” para a duplicação e não aterrando a lagoa existente. No caso da ponte Aracaju/Barra, o custo e o impacto ambiental, notadamente pelo local (Boca da Barra – foz do rio) e pela necessidade e urgência duvidosas, são bastante preocupantes”, conclui.

Ao final do encontro foi aprovada uma agenda de ações, com solicitação de audiências, rodadas de reuniões, além de atividades de mobilização.





Por Redação
Foto: Divulgação

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