Uma grande corrente solidária se formou em Sergipe no 1° de maio. A data em que a esquerda ocupa as redes sociais e organiza atos – com segurança sanitária frente à pandemia – na defesa dos direitos dos trabalhadores atacados diariamente, este sábado, Dia Internacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, foi construído ao logo de toda a semana com doações feitas em diferentes pontos da cidade.
Hoje pela manhã, em Aracaju, na Praça do Siqueira Campos, mais doações feitas por sindicalistas, trabalhadores e moradores do bairro se somaram na construção da Carreata Solidária ‘A culpa da Fome é de Bolsonaro’, organizada pelas centrais sindicais e movimentos sociais.
Só hoje foram arrecadados 2 mil quilos de alimentos, além da doação de roupas e itens de higiene pessoal. A Carreata Solidária partiu do Bairro Siqueira Campos e foi até o Bairro América. Já receberam as doações o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de Sergipe (Sindomestica/SE) e o Centro Social Dom Távora. Ao longo da próxima semana, as doações serão entregues ao Movimento dos Trabalhadores Urbanos (MOTU) e à Unidas.
Antes da saída da Carreata Solidária, logo cedo, algumas mulheres trabalhadoras fizeram uma caminhada pelo bairro para dialogar com a população e pedir colaborações à Campanha Solidária.
Vice-presidenta da CUT Sergipe, a professora Ivônia Ferreira alertou para os cuidados com a Covid e sobre a lotação dos hospitais.
“É preciso continuar com os cuidados contra a Covid para não precisar da UTI, pois sabemos que as pessoas já fazem fila à espera de uma vaga. Precisamos ser solidários e ajudar aqueles que estão desempregados e sem condições de trabalhar. Não vamos abrir mão de fazer luta. O Dia do Trabalhador é a data para olhar no olho de quem ainda apoia este governo genocida e dizer que Bolsonaro ataca os direitos dos trabalhadores todos os dias”, afirmou.
A jornalista e secretária de Formação da CUT Sergipe, Caroline Santos afirmou que a solidariedade é a única forma de nos protegermos neste momento difícil que estamos enfrentando.
“Estamos fazendo um movimento diferente porque sabemos que a fome bate na porta de todo mundo. Quem ainda tem emprego pode ajudar a quem precisa. A brasileira não tem culpa de estar sem emprego. O brasileiro não tem culpa de estar passando fome. Estamos sem vacina. De quem é a culpa? Quem é o responsável pela falta de comida na mesa do trabalhador e da família brasileira? O responsável pelo caos que estamos vivendo é Bolsonaro. Por isto, neste 1º de maio, mais do que outros, é o 1º de maio pela vida”, enfatizou.
O presidente da CUT Sergipe, Roberto Silva, explicou por que Bolsonaro é o genocida responsável pelas mais de 400 mil mortes por Covid-19.
“Infelizmente estamos diante de um assassinato em massa. O governo que não deu importância ao uso de máscaras, à vacina, ao auxilio emergencial é o responsável por essas mortes. Pagar R$150, um do país rico como o Brasil, é uma vergonha. Os trabalhadores tiveram que sair às ruas pra buscar o seu sustento e se depararam com um transporte superlotado e infectado. Hoje a gente vive uma pandemia sem controle, com UTIs superlotadas e mortes diárias. Outros países estão voltando ao normal e o Brasil não vacinou nem 10% da sua população”, criticou.
Presidente do Sindicato dos Professores do Município de Aracaju (Sindipema), Adelmo Santos questionou a decisão do Governo Belivaldo de obrigar a volta das aulas presenciais.
“Como é que vamos reabrir escolas com as pessoas morrendo à espera de internação em UTIs? Não podemos minimizar o valor da vida. A vida, só temos uma. Por isso temos que lutar e nos mantermos unidos”, conclamou.
Fonte: CUT-SE
Fotos: Divulgação
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