Denúncias alarmantes de assédio eleitoral envolvendo servidores comissionados e contratados da Prefeitura de Aracaju estão chegando com frequência através das redes sociais da candidata a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL).
De acordo com os relatos, essas pessoas estão sendo obrigados a participar de eventos de campanha do candidato apoiado pelo prefeito, sob ameaça de perderem seus empregos caso não cumpram as ordens.
As denúncias revelam que os servidores são intimidados por meio de mensagens em grupos de WhatsApp e listas de transmissão, nas quais superiores exigem a presença em atos como panfletagem, carreatas e caminhadas.
Em prints encaminhados desses grupos, é possível observar até mesmo ameaças e pressão para que os funcionários plotem seus carros com material de campanha. Na denúncia, os servidores apresentaram prints das mensagens, fotos e números de telefone dos responsáveis pelas ameaças.
Em um dos relatos, uma servidora comissionada descreve a pressão psicológica constante que vem sofrendo desde o início da campanha.
“Desde terça-feira, várias pessoas da secretaria estão recebendo mensagens de convocação. Estão pedindo que participemos de eventos de campanha fora do horário de trabalho, e quem não vai é ameaçado de perder o emprego”, conta a funcionária.
Ela também revelou que os superiores pedem fotos como prova de presença nos eventos.
“Quem vai precisa tirar uma foto e postar em um grupo de WhatsApp para mostrar que estava lá. Isso gera um clima de medo entre os servidores, porque quem não consegue participar, seja por motivos pessoais, como cuidar dos filhos ou outros compromissos, é pressionado de forma contínua”, relatou.
Outro caso mencionado pela servidora foi o de uma colega de trabalho que recebeu uma ameaça explícita de demissão.
“Uma colega que tem um segundo emprego à noite foi ameaçada de perder o cargo na Prefeitura, sob o argumento de que ela ‘não precisava desse emprego’, já que tinha outra fonte de renda”, desabafou a funcionária, destacando que, em muitos casos, as mensagens de ameaça são apagadas depois de enviadas, dificultando a coleta de provas.
Em uma entrevista hoje pela manhã em uma emissora de rádio, Emília Corrêa se solidarizou com os funcionários que estão enfrentando essa situação e enfatizou que esse tipo de prática é crime.
“Nenhum servidor deve ser obrigado a apoiar qualquer campanha ou candidato. Essa coerção é um abuso de poder e configura crime eleitoral. Não podemos tolerar esse tipo de abuso”, afirmou.
A candidata destacou que os servidores que estão sendo pressionados têm o direito de denunciar o assédio eleitoral de forma segura e anônima.
“É fundamental que essas denúncias sejam feitas. Vocês podem relatar esses casos no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou no Ministério Público do Trabalho, garantindo que sua identidade seja preservada”, orientou Emília.
Por Assessoria de Imprensa
Foto: Reprodução
Comente