Senador e pré-candidato ao Governo de Sergipe afirma que falta de investimentos da Petrobras provocou queda financeira de vários setores e, consequentemente, afetou milhares de famílias.
O senador e pré-candidato ao Governo de Sergipe, Rogério Carvalho (PT), apresentou, no plenário do Senado Federal, dados sobre a situação econômica do estado que, conforme levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base no Novo Mapa da Pobreza no Brasil, é o quinto no ranking da pobreza. Segundo ele, um dos fatores que contribuíram com o declínio econômico sergipano tem relação com a falta de investimentos da Petrobras, que provocou queda financeira de vários setores e, consequentemente, afetou milhares de famílias.
O petista ressaltou, ainda, que mais da metade da população sobrevive com menos de R$ 500,00 por mês e, por essa razão, “Sergipe está à beira do colapso econômico”.
“Na primeira década deste século, Sergipe foi o estado que mais gerou empregos proporcionalmente no Brasil, mas hoje metade da sua população sobrevive com menos de R$ 500,00 por mês. O nosso estado perdeu, nos últimos 7 anos, a base de operação da Petrobrás, perdeu toda a sua produção de petróleo e gás, porque as plataformas de águas rasas foram hibernadas”, afirmou.
Além deste ponto, o senador Rogério Carvalho destacou a hibernação de vários setores ligados à estatal em Sergipe, fator que, em sua visão, reflete diretamente na economia do estado.
“O poço de Carmópolis, que formou a maioria dos petroleiros e maiores cérebros da indústria petrolífera do Brasil e do mundo, foi hibernado. Nosso estado fechou o terminal de gás, o Tecarmo, que é um ícone na cidade de Aracaju, tivemos a Fafen hibernada por quase dois anos e, agora, voltou como uma empresa privada. O nosso estado tem potássio suficiente para atender grande parte da demanda para produção de fertilizantes e, desde 2014, a mina está hibernada. Isso quer dizer que há 7 anos, Sergipe e o Brasil não veem investimento da Petrobrás na produção de óleo, gás”, detalhou.
Colapso e falta de comida na mesa
Ainda, durante pronunciamento, o senador Rogério Carvalho pontuou sobre os impactos das hibernações e fechamentos na cadeia produtiva.
“Nós temos uma das maiores jazidas de calcário do Brasil, tínhamos três fábricas de cimento e hoje temos apenas uma. Estamos tendo fechamento, de forma rápida e desestruturante da atividade do pequeno produtor, do pequeno abatedor de animais. Os frigoríficos de nosso estado, em sua grande maioria, foram fechados deixando desempregadas milhares de famílias. Grande parte dos nossos pequenos laticínios foram fechados, por falta de investimento”, comentou.
“O meu estado de Sergipe está à beira do colapso econômico e isso se reflete na falta de comida na mesa, na insegurança alimentar. Se reflete no desemprego e desespero de milhares de famílias, homens e mulheres, jovens. Temos aproximadamente 25% da nossa juventude desempregada. Empresas como a Vale, cujo os fundos de pensão são grandes acionistas, interromperam investimentos de grande relevância para gerar emprego e renda nas mais diversas partes do Brasil. Nosso estado perdeu arrecadação, perdeu emprego e renda. Essa é a sensação e realidade de um Brasil que clama por emprego e renda. É a realidade de um estado que parou no tempo. O estado de Sergipe está paralisado, estagnado”, acrescentou.
Turismo em declínio
Outro fator que desperta preocupação no senador Rogério Carvalho tem relação ao turismo sergipano. De acordo com ele, embora Sergipe tenha grande potencial turístico, principalmente no período junino, as festividades deste ano não tiveram o mesmo êxito econômico de anos anteriores.
“Durante os festejos juninos, que é um dos mais bonitos do Brasil, nosso turismo não conseguiu preencher nem 80% das vagas disponíveis no setor hoteleiro. Isso significa que o dinheiro não circulou e que as pessoas que se preparam para a festa não conseguiram obter a renda necessária”, disse.
“Esperamos por essa primavera, que vem em outubro, para quem sabe termos um país mais pacificado, que possa sonhar de novo com a prosperidade. Um povo que possa voltar a sonhar com trabalho e renda. Para que a gente possa ser feliz de novo”, complementou.
Por Assessoria de Imprensa
Foto: Agência Senado
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