Como toda polícia que se presa, a Polícia Civil de Sergipe tem sua unidade de operações policiais especiais destinada à intervenção policial em ocorrências que exijam excepcional adestramento, pela complexidade do trabalho e riscos que o envolvem. Em todas as polícias civis do Brasil essa unidade se chama Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).
A CORE, em pouco tempo de sua criação, já está consolidada e reconhecida em todo o país. É composta pelos melhores policiais civis operacionais da instituição. São vocacionados e preparados para atuarem em situações especiais e complexas.
Na contra mão da evolução de todos os grupos táticos das polícias civis, a Polícia Civil de Sergipe, com o beneplácito da Secretaria de Segurança Pública, desferiu um duro golpe no atual grupo que compõe essa elite de policiais civis.
No dia, 10/12, sem qualquer justificativa plausível, o recém nomeado diretor da coordenadoria informou que 05 integrantes do grupo seriam desligados da unidade especial. Essa notícia inesperada gerou uma grande decepção, fazendo com que 06 outros integrantes, em solidariedade, voluntariamente pedissem para serem também desligados.
Ou seja, a CORE ficará sem 11 de seus 20 integrantes eminentemente operacionais não mais farão parte desse grupo de elite.
A perda de 11 integrantes da CORE praticamente acabará com o grupo. Além de impor uma perda de recurso humano qualificado, imporá ainda um prejuízo financeiro, pois muito foi gasto na preparação desse pessoal para atuar de modo especializado.
Tudo isso ocorreu graças à incapacidade de liderança do atual diretor. Inexperiente em atividade de grupos táticos, caiu de paraquedas. Não foi forjado nos princípios que regem esse tipo de grupamento policial.
O grupo atualmente não participa de operações, não treina e não dá treinamento. Ou seja, acabou.
Antonio Moraes é escrivão de Polícia Civil e ex-presidente do Sinpol Sergipe
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