De acordo com petista, abordagem defendida por parlamentares bolsonaristas já trouxe consequências devastadoras para a economia de vários países da Europa.
Durante o debate no plenário do Senado Federal nesta quarta-feira, 05, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) fez uma série de desabafos sobre a importância de se compreender as verdadeiras necessidades da economia brasileira, com ênfase no enfrentamento das políticas de estado mínimo.
Segundo ele, ainda há parlamentares defendendo a austeridade como sendo o caminho para uma boa equação fiscal, mas lembrou que tal abordagem já trouxe consequências devastadoras para várias economias europeias.
“Isso destruiu a economia da Espanha, destruiu a economia de Portugal, a economia da França e jogou a Grécia num buraco sem saída”, alertou.
Carvalho também ressaltou que, apesar da promessa de reforma tributária durante os quatro anos do governo passado, foi somente agora, a partir do compromisso do presidente Lula com a economia do país, que essa tarefa árdua foi finalmente concluída. “Foi no governo do presidente Lula que se fez a tão dificultosa, tão difícil, a quase impossível reforma tributária”, enfatizou.
Reavaliação da política tributária do Brasil
Além disso, Carvalho também comentou sobre a carga tributária e a importância de dados precisos na formulação de políticas públicas.
“Eu vejo aqui senadores falarem sobre carga tributária. Vou dar um exemplo, presidente. Sabe qual é a carga tributária média de um empresário que abre uma loja, que gera emprego? Sabe qual é a carga tributária média? É 81%. Ele abre uma loja, gera emprego, faz com que a economia se movimente e deixa tributo para o país. Está contribuindo para a nossa equação fiscal.”
“Portanto, não há vergonha, não há de haver tergiversação na hora de mostrar dados absolutamente consistentes e verdadeiros. Sei que, para quem compra, é uma vantagem, mas precisamos entender que essa vantagem pode significar o desemprego na sua família. Essa vantagem pode significar o emprego sendo gerado fora do Brasil e a exportação de vagas. Precisamos ter coragem e compromisso com o Brasil”, acrescentou.
Desse modo, Carvalho propôs a formação de um grupo de parlamentares para estudar a questão a fundo, com a participação do Ministério da Economia.
“Devemos ter uma discussão com o executivo sobre a capacidade que essas agências têm de cumprir suas respectivas atribuições. Precisamos criar uma rotina de prestação de contas dessas agências a este Senado Federal”, sugeriu.
“Deixo aqui essas questões para que esta casa olhe, porque é isso que, na prática, vai gerar riqueza, emprego, renda e tirar o Brasil, que já estava em décimo segundo lugar, e levá-lo para a oitava posição, trazendo o Brasil de volta para a sexta economia do mundo”, concluiu.
Por Assessoria de Imprensa
Foto: Daniel Gomes
Comente