Senador Rogério destaca que resultados econômicos do Brasil refletem compromisso do governo Lula com o desenvolvimento do país

Na manhã desta terça-feira, 03, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) fez uma ampla defesa das políticas econômicas implementadas pelo governo federal durante reunião na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O parlamentar destacou que os recentes resultados positivos do PIB refletem o impacto de medidas tomadas pelo presidente Lula, especialmente em relação a investimentos responsáveis e voltados para o desenvolvimento do país.

Durante sua fala, Rogério Carvalho pontuou os principais avanços da economia brasileira.

“O Brasil registrou um crescimento de 4% ao longo de um ano. Esse número reflete diretamente na redução do desemprego, que está em torno de 6%, aproximando-se dos 5%, índice considerado como ‘emprego pleno’. Além disso, a indústria está atingindo níveis próximos à sua capacidade produtiva máxima. Esse cenário também impacta positivamente na renda da população”, destacou o senador.

Ele também enfatizou a importância de uma gestão monetária responsável, revelando os porquês de sua preocupação com o papel do Banco Central na condução da política econômica.

“Quando optei por um determinado dirigente do Banco Central, foi por conta de minha grande preocupação com a gestão da política monetária brasileira, conduzida pelo Banco Central. Hoje, cerca de R$ 1,3 trilhão da dívida pública — aproximadamente 10% da dívida bruta do país — não decorrem de déficit fiscal, mas sim da contração de dívida gerada pelas operações compromissadas. Nesse modelo, o Tesouro Nacional emite títulos de curto prazo para viabilizar a gestão monetária, o que acaba produzindo impacto fiscal”, explicou.

“O Banco Central, como órgão autônomo, não deveria interferir na política fiscal, mas, no Brasil, essa dinâmica é inevitável porque 75% dos recursos dos bancos estão alocados em fundos. Isso torna o governo refém ao fazer a gestão monetária, impactando negativamente o prêmio de risco na hora de rolar a dívida pública. Assim, o país fica próximo a um endividamento bruto de 90% do PIB, índice que poderia ser menor se não dependêssemos tanto de títulos públicos para a gestão monetária”, acrescentou.

Debate aprofundado

Outro ponto abordado pelo senador teve relação com a necessidade de um debate mais aprofundado sobre o sistema financeiro.

“É imprescindível aprofundar esse debate, porque Brasil não pode continuar submetido a pressões especulativas, especialmente diante dos sólidos fundamentos de nossa economia”, disse.

“Também é necessário abordar a vulnerabilidade dos países em desenvolvimento às variações cambiais. Precisamos de mecanismos que protejam nossa economia, e talvez os BRICS possam oferecer alternativas, como a criação de uma moeda própria para comércio e empréstimos. Isso seria especialmente relevante em setores como o de aviação”, argumentou.

”É preciso investir em infraestrutura”

Ainda em seu pronunciamento, Carvalho usou como exemplo a situação das companhias aéreas brasileiras, que enfrentam dificuldades financeiras devido à dolarização de insumos essenciais.

“Pergunto: qual empresa aérea no Brasil sobreviveu por mais de 20 anos sem enfrentar severas dificuldades financeiras? O problema está no custo dolarizado do combustível e de outros insumos essenciais. Uma empresa que opera com uma margem de lucro de 10% a 12% não suporta uma valorização de 15% a 20% do dólar em poucos meses, o que inviabiliza suas operações. Hoje, nossas companhias aéreas enfrentam extrema dificuldade financeira, comprometendo a oferta de voos e colocando o país à beira de um colapso logístico no transporte de passageiros”, exemplificou.

Mas para isso, continuou Rogério Carvalho, o momento exige ajustes fiscais responsáveis e alinhados com o desenvolvimento econômico e social.

“Apesar dos desafios, é importante ressaltar que o Brasil não está vivendo um momento crítico. Precisamos, sim, de um ajuste fiscal para reorganizar o país e criar um arcabouço fiscal que seja eficiente. Esse instrumento deve controlar os gastos públicos de forma razoável, acompanhando o crescimento da riqueza nacional, mas sem estrangular áreas essenciais como educação, saúde, previdência, assistência social e investimentos”, disse o senador.

“Sem investimentos em infraestrutura, bens de capital e indústria, o crescimento econômico não será sustentável. Portanto, o ajuste fiscal é fundamental para oferecer ao Brasil um caminho sólido, independente do governo de turno, garantindo um futuro de estabilidade e desenvolvimento”, concluiu.




Por Assessoria de Imprensa
Foto: Daniel Gomes

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