Senador Rogério defende Galípolo para o BC e aponta mudanças estratégicas na política econômica do país

Nesta terça-feira, 08, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) defendeu publicamente a indicação do economista Gabriel Galípolo para assumir a presidência do Banco Central, destacando a qualificação do indicado e a importância de mudanças estratégicas na condução da política monetária do país.

Carvalho elogiou a escolha do presidente Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando que o nome de Galípolo traz uma perspectiva de sensibilidade econômica alinhada ao crescimento econômico e à redução das desigualdades.

“Desde a primeira sabatina em que participou, Galípolo foi bastante convincente. Ele possui uma qualificação muito elevada, um bom trato e compreende a linguagem do mercado como poucos. Portanto, o presidente Lula e o ministro Haddad acertaram na escolha”, afirmou o senador.

Carvalho enfatizou que, embora Galípolo tenha seu próprio estilo de gestão, não acredita que haverá mudanças em relação à autonomia do Banco Central. Segundo ele, essa autonomia já é uma prática consolidada no Brasil, especialmente desde os governos anteriores de Lula, sob a presidência de Henrique Meirelles no BC.

“O Banco Central no Brasil já possui, na prática, essa autonomia há décadas, funcionando dessa forma desde o primeiro e segundo governos Lula, com Meirelles. Isso já é uma prática consolidada, e acredito que Galípolo terá um pouco mais de sensibilidade no que diz respeito a garantir que a economia cresça e que o emprego também avance. Ou seja, manterá um olho na taxa de inflação e outro no crescimento econômico do país, pois o Brasil precisa de um crédito mais barato para crescer”, defendeu Rogério Carvalho.

Com isso, o senador também ressaltou que a redução da taxa de juros é uma prioridade para o governo e destacou os desafios que o Banco Central precisará enfrentar para atingir esse objetivo. Entre eles, a desindexação da economia e a necessidade de revisar o uso de títulos da dívida pública na gestão monetária.

“A questão da taxa de juros sempre foi uma bandeira do governo, que defende sua redução. O Banco Central tem algumas tarefas para atingir esse objetivo. Primeiro, é preciso evitar que preços administrados e indexações, que foram eliminados ao longo de décadas – como nos governos Lula e Dilma –, voltem a impactar a economia”, explicou.

Contudo, Carvalho também alertou para o impacto da reindexação da economia nos últimos anos, que, segundo ele, contribuiu para o aumento da inflação e a necessidade de elevação dos juros. Ele afirmou que é necessário que o governo evite a repetição dessa situação e mencionou a prática de usar títulos da dívida pública para a gestão de liquidez interbancária como um fator agravante para o endividamento do país.

“No Brasil, essa prática representa um aumento de 1,3 trilhões de reais na dívida pública, o que corresponde a 11% da dívida bruta nacional. Precisamos resolver essa questão para reduzir o prêmio pago sobre os juros pela rolagem da dívida, e, assim, termos uma economia mais próxima dos padrões dos países desenvolvidos, com taxas de juros mais baixas, crescimento econômico e geração de empregos”, concluiu o senador.





Por Assessoria de Imprensa
Foto: Janaína Santos

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