Senador Rogério Carvalho sugere aplicação de políticas públicas mais eficazes para o tratamento oncológico em Sergipe

O parlamentar, que acumula experiências como médico, professor universitário e secretário municipal e estadual de Saúde, foi um dos palestrantes do 6° Fórum Todos Juntos Contra o Câncer – Norte e Nordeste e destacou a necessidade de priorizar a qualidade de vida dos pacientes.

O senador Rogério Carvalho (PT/SE) participou, na manhã desta quarta-feira, 24, do 6° Fórum Todos Juntos Contra o Câncer – Norte e Nordeste. O evento, que tem como uma das principais palestrantes a escritora Monja Coen, está sendo realizado em Aracaju e reúne médicos, profissionais da saúde, representantes políticos, além de diretores de hospitais e organizações de apoio ao paciente em uma série de debates que apresentam necessidades e soluções para o tratamento oncológico no Norte e Nordeste do Brasil.

Em seu discurso, o senador Rogério disse que o evento foi bastante importante para mobilizar a opinião pública sobre a necessidade de prevenir o câncer, além de identificar as pessoas que estão com a doença inicialmente e, assim, poder realizar o tratamento e reabilitação adequados.

“O Brasil tem 6 mil operadores sistêmicos. São 570 operadores municipais, 27 operadores estaduais e, pelo menos, uns três operadores nacionais importantes e relevantes. Como transformar isso num sistema único de saúde e como montar essa equação sistêmica. Com o princípio da universalidade”, pontuou.

“Não é rico ou pobre que tem acesso. Todos têm o direito. Porque não se define o acesso pela renda e a prioridade se é pobre ou se é rico, mas pela necessidade que deve ser medida a partir do risco que a pessoa corre em relação à sua vida”, acrescentou.

Nesse aspecto, Carvalho lembrou que, quando foi secretário municipal e estadual de Saúde, realizou uma série de ações direcionadas à capacitação e valorização dos profissionais da saúde, tendo como o foco o atendimento mais amplo e inclusivo de todos os sergipanos e sergipanas.

“Toda a equipe para ampliar e garantir integralidade no Huse fomos nós que implantamos, assim como o terceiro turno de radioterapia, e a regularização do processo de licitação. Também fizemos a elaboração para a criação do Hospital do Câncer e buscamos a ampliação do Hospital Cirurgia, que hoje tem uma nova unidade de oncologia em desenvolvimento, com a implantação do novo acelerador linear que deve ser montado”, afirmou.

“Recentemente, também destinei R$ 15 milhões para o Hospital de Cirurgia, só que falta a Secretaria de Estado repassar para a unidade pagar as contas atrasadas da oncologia para que possa comprar um novo software para fazer atualização do acelerador linear”, disse.

Outro ponto abordado pelo senador envolveu o Hospital de Amor de Lagarto, no qual ele teve uma série de reuniões com o presidente Lula, com representantes do Ministério da Saúde e com o diretor do Hospital de Barretos para que o dinheiro não saísse da conta que financia a oncologia do Estado, mas sim do financiamento específico.

“Além disso, no Senado, apresentamos um projeto que obriga o Estado a fornecer testes genéticos para fazer rastreamento em pessoas que têm maior risco de desenvolver alguns tipos de câncer, como o de mama, que sabemos que têm uma origem genética muito forte. E vou aqui assumir o compromisso de pegar esse projeto e ampliar para alguns exames, medicamentos e procedimentos específicos, como as cirurgias robótica e endoscópica, para se tornem obrigatórias”, destacou.

Amigo da Oncologia

O gerente de Relações Institucionais do Grupo de Apoio a Crianças com Câncer (GACC), Fred Gomes, que esteve na organização do Fórum em Aracaju juntamente com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e outras entidades voltadas à oncologia, explicou que o nome do senador Rogério foi citado como importante para o evento assim que Aracaju foi definida como sede para a sexta edição.

“Ele foi secretário municipal e estadual de saúde, deputado federal e, agora, senador, e sempre ajudou a causa, sempre esteve presente, então a gente fez questão que ele participasse para que pudesse engrandecer o nosso evento, e de fato participar desse debate”, revelou.

“É muito importante a gente debater as políticas públicas voltadas à oncologia no nosso estado e no nosso Nordeste, sobretudo quando temos um parlamentar aliado e que sempre esteve ao nosso lado, contribuindo de diferentes formas e lutando conosco”, concluiu.