Senador Rogério Carvalho expõe com firmeza contradições do ex-diretor-geral da PRF durante reunião da CPMI

Nesta terça-feira, 20, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) demonstrou uma postura firme e contundente durante a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), ao confrontar o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que foi convocado para prestar esclarecimentos sobre algumas denúncias indicando seu envolvimento em irregularidades à frente da corporação.

Na oportunidade, o senador empenhou-se em desmascarar as mentiras proferidas por Vasques, que negou qualquer orientação para impedir que eleitores nordestinos chegassem às urnas no segundo turno das eleições de 2022.

Carvalho não poupou palavras ao expor sua indignação e destacar a importância da democracia e das instituições do país.

“Esta Casa existe porque existe democracia. Essa Casa só existe porque as instituições de alguma forma funcionam. Porque não foi no dia 08 de janeiro que tivemos um incidente grave. Tivemos, talvez, um dos últimos incidentes de uma marcha que foi orquestrada desde antes da eleição e que foi concebida desde antes da eleição do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro quando um dos seus disse que bastava um jipe, um cabo e dois soldados para fechar o STF. Quando todos os finais de semana nós tínhamos crises”, declarou.

“Porque o presidente agredia o presidente da Câmara ou a Câmara dos Deputados ou o presidente do Senado Federal ou o STF. Quando coloca os tanques nas ruas no dia 07 de setembro de 2021. Quando, nesse período inteiro, escondeu seus modos operacionais, colocando sob sigilo questões banais ou tentando esconder práticas não republicanas”, acrescentou.

O senador também manifestou sua tristeza ao presenciar jovens recém-chegados à política defendendo ações incompatíveis com os princípios democráticos.

“É deprimente ver que nós temos essa qualidade de nomes representando parte da sociedade brasileira. Porque essas pessoas não estão aqui pelo princípio maior que é o da representação e do respeito à democracia. Elas estão aqui para defender um projeto autoritário”, disse.

Ele ainda denunciou a construção de um ambiente fascista, impulsionado por disseminação de fake news e destruição de reputações e criticou a distribuição indiscriminada de armas, que retirou o rastreamento pelo Exército Brasileiro, questionando seu real objetivo.

“Qual a finalidade? Se bastava um jipe, um cabo e dois soldados?”, indagou.

”Fizeram de tudo para se manter no poder“

Durante seu pronunciamento, o senador evidenciou a intenção de o ex-presidente e seus aliados “tomarem o poder por meio da criação de um ambiente nefasto”.

“A intenção era pegar todos os aparelhos e colocar a serviço de algo nefasto. Para, se por acaso perdesse a eleição, tomarem o poder”, destacou.

Desse modo, Carvalho demonstrou sua determinação em expor as contradições e buscar a verdade, enfatizando a importância da democracia, das instituições sólidas e da transparência na política.

“Portanto, é importante a gente dizer que o 08 de janeiro que eles tentam passar ideia de que foi negligência, não foi negligência, não. Era uma marcha que estava em curso e que se frustrou porque a defesa da democracia se tornou mais forte”, pontuou.

“Aquilo foi um ato terrorista sem proporções na história do Brasil. Que destruiu e que agrediu a imagem desta Casa, a imagem da Justiça, a imagem do Executivo, a imagem da República Federativa do Brasil. E nós temos a hombridade de chegar aqui e dizer que vai ter que pagar quem agrediu a democracia, as instituições democráticas, porque esse país ainda é uma democracia”, complementou.

Vasques confrontado

Ao abordar o papel da PRF, Carvalho destacou casos de violência e abuso de poder, como o trágico episódio envolvendo Genivaldo dos Santos, que foi torturado e morto de forma cruel no dia 25 de maio de 2022, no município de Umbaúba. Nesse âmbito, o petista apontou um paralelo sobre a interferência da PRF nas eleições.

“No dia da eleição eu, como candidato, tive que pedir ajuda e auxílio do Ministério Público Eleitoral para desobstruir as rodovias porque os eleitores não conseguiam chegar a seus locais de votação”, revelou.

E, diante das contradições apresentadas, o senador exigiu a verdade baseada em dados confiáveis e criticou a “propagação de narrativas vazias”.

“Então, essa conversa não está batendo e é importante fazer uma vistoria para ver qual é o dado verdadeiro, porque dado, quando a gente apresenta, tem que dizer a fonte”, comentou.

Carvalho concluiu seu pronunciamento reiterando que é “preciso saber de que lado nós estamos, se somos fascistas ou se somos democratas e vamos separar a sociedade brasileira, fascistas de um lado, democratas do outro”.

“E fascista é aquele que discrimina, é aquele que persegue, é aquele que mata, é aquele que não aguenta a diferença”, finalizou.





Por Assessoria de Imprensa
Fotos: Daniel Gomes

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