Na manhã desta quarta-feira, 18, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) trouxe à tona um apanhado histórico das ações ocorridas no Brasil durante o Regime Militar, destacando os prejuízos causados à sociedade e à democracia do país. O cenário se desenrolou na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.
O parlamentar sergipano, em seu depoimento, fez uma ligação direta entre o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e as ações que, segundo ele, visavam fazer o Brasil retroceder a um período tenebroso da história do país. Ele afirmou que as investigações da CPMI demonstraram que todas as ações executadas por Bolsonaro tinham como objetivo o retorno a uma ditadura militar, atacando sistematicamente a Constituição, a democracia e o Estado Democrático de Direito.
“É importante lembrar que essa república surgiu de uma intervenção militar, e todos os governos do Brasil estiveram sob a influência dos militares. Isso resultou em discriminação com base em gênero, orientação sexual, religião, cor e etnia”, pontuou.
Carvalho também destacou o papel de algumas instituições do Estado na tentativa de golpe e na ameaça à democracia, mencionando a destituição da presidente Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele apontou a destruição de setores econômicos, como a indústria da construção civil e a Petrobras, bem como a venda da Eletrobras e refinarias alegando pretextos questionáveis que entregaram o país a agências de inteligência internacional.
“Durante a pandemia, o desprezo pelo valor da vida ficou evidente e, ao longo de quatro anos, houve ataques constantes à Constituição, com a tentativa de retirar direitos dos brasileiros e ameaçar a democracia”, revelou.
“Também tentaram criar atos para questionar instituições como o Congresso Nacional e o STF, além de atacar a liberdade de imprensa e disseminar notícias falsas”, acrescentou.
Rogério enfatizou, ainda, que a CPMI expôs a construção de um governo golpista liderado por Bolsonaro e destacou que os indiciados não estão sendo alvos de perseguição, mas, sim, porque contribuíram para a ameaça à democracia, independentemente da vontade popular. Como resultado de sua convicção, o senador votou a favor do relatório apresentado pela relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PDT/MA), reforçando a necessidade de que Bolsonaro e seus aliados sejam indiciados pelos crimes cometidos.
Por Assessoria de Imprensa
Foto: Daniel Gomes
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