Nesta quinta-feira, 17, durante a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos terroristas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) assumiu uma postura resoluta em relação às informações trazidas à tona pelo hacker Walter Delgatti Neto, que estava sendo interrogado na reunião de hoje.
O depoimento trouxe à luz uma série de revelações impactantes que remetem a organização dos eventos que abalaram o cenário político do país no início do ano.
Para o senador Rogério Carvalho, as denúncias apresentadas pelo hacker na CPMI do Golpe são de suma importância e merecem atenção integral e destacou a figura de Delgatti como uma testemunha emblemática, envolvida em momentos cruciais que abrangem tentativas e efetivação de golpes no Brasil.
“Ele é uma figura emblemática, tendo participado em momentos marcantes que envolveram tentativas e efetivação de diversos golpes no Brasil”, disse.
“E envolvido na divulgação de informações relacionadas à atuação da Lava Jato. A Lava Jato, que anteriormente associada à direita, parece ter sido utilizada para restringir a realização de eleições livres com a participação de líderes reais na eleição de 2018, evidenciando um cenário em que as eleições ocorreram com representação de vários partidos e com a liberdade do ex-presidente Lula”, continuou.
Em relação à gravidade das informações apresentadas, Carvalho destacou que “o que se apresenta não é um incidente isolado, mas sim uma prática que não vai cessar”.
“Trata-se de um campo político que não acredita na democracia, que usa a democracia como meio, mas não tem ela como um fim. Portanto, é imperativo que a comissão solicite ao ministro da justiça medidas de proteção para a testemunha, pois o conteúdo exposto revela uma programação arquitetada há tempos”, solicitou.
“É notório que o presidente tinha intenções de desestabilizar o sistema, tendo questionado as urnas e contratado indivíduos para violá-las, sem sucesso. E a presença do Exército, sob o pretexto de sua autoridade, serve a um campo político que não acredita na democracia”, acrescentou.
Denúncias graves
Sobre as ações no Congresso Nacional, Carvalho apontou que “vemos esforços para defender atos antidemocráticos e construir narrativas que promovem práticas criminosas contra a democracia.”
“O presidente não apenas comete transgressões, mas também fomenta a ideia de agentes estrangeiros investigando o STF, refletindo uma tendência de desacreditar o judiciário. Por isso é crucial investigar e responsabilizar não apenas o presidente, mas também as forças militares envolvidas”, afirmou.
“Porque a emergência dessa direita desde 2016 não vai parar de atacar a democracia brasileira e isso requer uma vigilância constante, especialmente em face de possíveis ataques futuros que questionem eleições e resultados populares. O que ocorreu no dia 8 de janeiro não foi um simples ato, mas um ato terrorista que visava destruir símbolos democráticos”, reforçou.
Ainda na opinião do senador Rogério Carvalho, “esse campo político se alimenta de ser contra a democracia, um povo, os interesses, os direitos da população”.
“Esse ataque sistemático e constante à democracia brasileira persiste há mais de oito anos, por isso é imprescindível que haja a responsabilização e julgamento das ações de Bolsonaro por suas consequências prejudiciais à nação e à democracia do Brasil”, finalizou.
Por Assessoria de Imprensa
Foto: Alessandro Dantas
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