O senador Rogério Carvalho (PT/SE) fez uma defesa contundente da alimentação saudável nas escolas brasileiras durante a reunião da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) nesta quarta-feira, 13. O debate foi sobre o Projeto de Lei n° 4.501, de 2020, do senador Jaques Wagner, que visa regulamentar a comercialização e promoção de alimentos e bebidas ultraprocessados, além de frituras e gordura trans, em escolas públicas e privadas de todo o país.
Em seu discurso, Rogério Carvalho, que também é médico, destacou a necessidade de promover uma alimentação mais natural entre os estudantes para prevenir problemas de saúde no futuro. “Quando falamos em alimentação saudável, estamos falando de um princípio básico: se você quer viver mais e ter saúde, coma alimentos vivos, ou seja, produtos retirados diretamente da natureza. Em outras palavras, quanto mais processados forem os alimentos que você consome, maior será o risco de desenvolver doenças crônicas degenerativas precocemente”, afirmou o senador.
Carvalho ressaltou a importância de que as escolas, tanto públicas quanto privadas, sejam mais rigorosas com os alimentos disponíveis aos alunos. “Em escolas privadas, por exemplo, não deveria ser permitido que as crianças tivessem acesso a cantinas com alimentos processados, frituras e bebidas açucaradas”, disse ele, defendendo uma maior fiscalização sobre as opções oferecidas aos estudantes.
O senador também elogiou iniciativas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que pode ser direcionado para atender a alimentação escolar com produtos locais, de acordo com a realidade de cada estado. “Nutricionistas das secretarias municipais e estaduais de educação podem estabelecer um cardápio minimamente compatível com uma alimentação saudável”, sugeriu.
Além disso, Carvalho alertou para os riscos do consumo de ultraprocessados, associando-o ao aumento de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares. Ele também citou as medidas da ANVISA para a redução de sal em alimentos processados no Brasil, afirmando que essa é uma questão de saúde pública que precisa de maior atenção.
“Quero chamar atenção para que haja uma discussão mais profunda sobre o tema, pois já é um assunto que exige atenção de todos”, disse o senador. “Quando trabalhamos com prevenção, não significa que as pessoas não irão adoecer, mas que elas poderão viver mais e melhor.”
Carvalho também abordou a questão da obesidade, especialmente entre a população de baixa renda, que tem menos acesso a alimentos saudáveis e menos processados. “A obesidade afeta principalmente a população mais pobre, que tem menos acesso a alimentos menos processados e mais saudáveis”, destacou, frisando que a falta de informação e recursos financeiros agrava ainda mais o problema.
Por Assessoria de Imprensa
Foto: Daniel Gomes
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