Em constante conflito com o Sindicato dos Trabalhadores na Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese), o secretário de Estado da Educação, Zezinho Sobral, criticou o sindicato por promover nova paralisação, que visa protestar contra o Sistema de Avaliação da Educação Básica de Sergipe (Saese) e o Prêmio Educação Nota 10, que discrimina os professores da rede, segundo o Sintese.
Para o secretário de Educação, a paralisação tem por finalidade boicotar o Sistema de Avaliação da Educação Básica e prejudicar a educação sergipana.
“O sindicato promoveu uma paralisação no meio do Saese, isso é um boicote ao sistema de melhoria da rede estadual e municipal. Um prejuízo gigante. Não falo sobre isso nas nossas ações, mas estou falando hoje, porque a reivindicação não é sobre melhorias, é sobre prejudicar a rede. Manteremos as escolas funcionando porque vamos continuar avançando”, lamentou o secretário.
O Sistema de Avaliação da Educação Básica de Sergipe, que ocorre até o dia 26 de novembro, tem por objetivo avaliar todas as etapas de aprendizado da educação básica, como a alfabetização, os anos iniciais e finais do ensino fundamental e médio. As provas contam com questões de Língua Portuguesa e Matemática, a fim de averiguar os conhecimentos obtidos em cada fase do processo educacional.
Professores
O Sintese defende a realização de uma “avaliação do Sistema de Ensino da Rede Estadual que considere as realidades de cada escola e dos estudantes”.
“Fazemos a defesa de autoavaliações institucionais porque são diagnósticas e tem o objetivo de pesquisar a fundo a realidade do ensino e aprendizagem ao qual cada comunidade escolar está inserida”, explica Roberto Silva, presidente do Sintese, que critica o governador por promover ações judiciais contra as paralisações e greves da categoria.
“Fábio Mitidieri demostra sua face tirana ao usar do Judiciário para criminalizar o Sintese, aplicando multas absurdas ao sindicato, inclusive, até a mim mesmo, presidente deste sindicato. Tudo isso pelo simples fato de nós, professoras e professores, estarmos exercendo o direito de greve, que é assegurado pela Constituição Federal. Se paralisamos não é culpa nossa, é culpa do governador que tem tratado com descaso e indiferença os professores e a educação”, enfatizou.
Na pauta de reivindicações da categoria, o sindicato solicita a implementação de uma política de respeito e valorização dos profissionais do magistério público estadual, através de um processo gradativo de recuperação das perdas remuneratórias; descongelamento da GATI, gratificações fixas e reajustáveis, e triênios, entre outras.
Por Redação
Foto: Seduc
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