‘Se a REDE estiver no projeto de Ciro, eu estou fora’, diz Henri Clay, presidente do partido

O ex-presidente da OAB/SE, Henri Clay, emitiu sua opinião sobre a candidatura do PT em Sergipe com Lula agora na disputa, e sobre a possibilidade de disputar algum cargo nas próximas eleições, ontem (10), no Programa Boa Noite Brasil, no Hora News TV, canal do jornal digital Hora News no YouTube.

Sobre a volta de Lula ao páreo político e o fortalecimento da esquerda em Sergipe, o entrevistado da noite disse que “é inegável que a possibilidade da candidatura de Lula fortaleça o campo da esquerda e o próprio PT em todo Brasil, até porque em 2022, diferente das eleições de 2020, as eleições são gerais ou casadas – presidente, governador, senador, e deputados federais e estaduais”.

Partindo do princípio da não obrigatoriedade da verticalização, o que permite que os partidos nos estados tomem rumos independentes das decisões tomadas nacionalmente para a disputa, Henry Clay acrescentou que “a eleição presidencial tem uma grande influência, mas não é definidor, não é absoluto, porque não existe, pela lei eleitoral, a obrigatoriedade da verticalização, ou seja, Lula pode fazer uma determinada aliança em torno da sua candidatura a presidência com alguns partidos, e no estado a aliança ser diferente, por exemplo, PT com o PC do B e com o PSOL, e no estado pode ter outra configuração”.

Questionado sobre sua motivação dentro quadro político local, ele afirmou que já tinha discutido dentro do partido [Rede] o seguinte: “nesse momento, é preciso – no campo democrático, popular, progressista, de esquerda ou centro –  derrotar Bolsonaro por uma questão de defesa, inclusive da democracia e dos direitos, que é onde me localizo. Minha vida e minha formação, até mesmo minha consciência política e trabalho, são nos movimentos sociais e sindical”.

Em sua trajetória, Henry Clay, que preside a Rede em Sergipe e disputou o cargo de senador na eleição passada e somou mais de 110 mil votos, sempre defendeu os direitos sociais e a democracia. A pauta dos Diretos Humanos sempre foi constante em sua trajetória profissional.

Desse modo, ele afirma: “sempre fui da esquerda, mas sempre fui do diálogo […] nunca confundi as coisas, eu sempre estarei localizado neste campo. Lideranças nacionais da Rede, tem proximidade com o candidato Ciro Gomes, eu não concordo com essa linha em prol dele. Se o partido estiver nesse projeto, eu estou fora”.

Sobre a possiblidade de candidatar-se, ele ressalta o fato de não fazer política como projeto pessoal, que tudo dependerá de uma conversa com a coligação partidária, mas que agora, diante de tantos problemas que o Brasil está enfrentando, não seria o momento ideal.

Henri Clay sendo entrevistado pelos jornalistas Paulo Sousa e Rosalvo Nogueira



Por Redação
Fotos: Hora News TV

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