Continua repercutindo mal a antecipação da aposentadoria por 10 deputados estaduais e um ex-deputado estadual, que hoje exerce o mandato de deputado federal, feita um dia antes deles mesmos, com a exceção de Iran Barbosa, Gilmar Carvalho e Maria Mendonça, aprovarem a Reforma da Previdência dos servidores públicos estaduais.
Após o Hora News revelar os 11 novos aposentados de Sergipe, um fato curioso nos chamou a atenção ao ter acesso a lista dos deputados estaduais aposentados. Nela, há ex-deputados que exercem o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas de Sergipe, mas mesmo assim continuam recebendo a gorda aposentadoria, apesar de não terem trabalhado os 30 anos em média para se aposentar, como qualquer trabalhador brasileiro, antes da reforma previdenciária.
Nessa lista de privilegiados está a ex-deputada estadual Angélica Guimarães, atualmente conselheira do Tribunal de Contas do Estado, que recebe mais de R$ 25 mil como aposentada do Parlamento estadual. Juntando a aposentadoria de deputada e o salário de conselheira, que é de mais de R$ 35 mil, ela recebe mais de R$ 60 mil. Fora o salário do marido, o deputado estadual Vanderbal Marinho, que já recebe mais de R$ 25 mil como parlamentar, mas que, também, já solicitou a aposentadoria proporcional de deputado. Somados, o salário bruto da família Guimarães ultrapassa a casa dos R$ 85 mil por mês.
Outra ex-deputada que também está bem de bolso é a conselheira Susana Azevedo. Além do supersalário de conselheira, mais de R$ 35 mil, ela também é aposentada como deputada estadual, apesar de ainda está longe dos seus 65 anos de idade. Susana recebe de aposentadoria mais de R$ 25 mil. No total, são mais de R$ 60 mil mensalmente.
Ainda tem o caso do conselheiro Ulices Andrade, ex-deputado estadual por vários mandatos e atualmente conselheiro do Tribunal de Contas de Sergipe. São mais de R$ 60 mil mensais de vencimentos: R$ 25 mil de aposentadoria de deputado e R$ 35 mil de salário como conselheiro de contas.
No total, saem dos cofres públicos mais de R$ 205 mil por mês para bancar a boa e invejada vida desses três marajás. Juntos, os ex-deputados recebem sozinhos o valor de 208 trabalhadores assalariados. Enquanto isso, homens e mulheres terão que trabalhar por muito mais tempo, algo em torno de 40 anos, para sustentar a boa vida dessa gente.
Até quando o brasileiro vai permitir ser lombo de burro de carga para manter as regalias desses nobres em detrimento do sacrifício da grande maioria da sociedade, formada por trabalhadores assalariados? Um dia a revolta virá. E será por uma boa causa.
Por Redação
Foto: TCE/Divulgação
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