Os professores da rede pública do ensino decretaram greve a partir desta segunda-feira. A greve é em protesto a decisão do governo do estado que determina o retorno das aulas presenciais nas escolas públicas.
Os educadores alegam que retornar às aulas presenciais sem a vacinação para eles e os estudantes, coloca em risco a comunidade escolar, que pode ser contaminada pelo coronavírus. Neste final de semana, uma professora no interior morreu após contrair o vírus.
Os professores têm toda razão em não querer retornar as salas de aula nesta condição, pois além de não estarem vacinados, ainda tem o problema de segurança sanitária nas escolas. Abrindo as portas das escolas o governo vai garantir álcool e gel para todos? Teremos cadeiras adequadas e o distanciamento entre os alunos? O ambiente escolar estará de acordo com as normas sanitárias?
Alguém deve estar agora se perguntando. Ah! Mas porque a escolas particulares voltaram com suas aulas presenciais e as públicas não podem voltar. Simples: porque as particulares se prepararam, se organizaram para este momento. Estão dando as condições de segurança aos professores e estudantes. O ambiente escolar das particulares atende as normas sanitárias. Portanto, nelas há um mínimo de segurança, diferente das públicas, que em muitos casos a situação é caótica.
Sinceramente, para quem esperou até agora poderia esperar um pouco mais. Não faz sentido obrigar professores e estudantes se aglomerarem no pior momento da pandemia. Não bastasse o transporte coletivo lotado com milhares de pessoas aglomeradas e certamente transmitindo o vírus.
O governador Belivaldo Chagas deveria usar do bom senso e aguardar professores e alunos serem vacinados, preparar as escolas para este momento, para daí sim, determinar o retorno das aulas presenciais com segurança.
Bom lembrar que só este final de semana foram 1.600 pessoas contaminadas pelo vírus e 57 vítimas fatais da doença, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde.
Obrigá-los retornar às aulas presenciais nestas condições, é no mínimo irresponsabilidade. E quem tem amor à vida não aceita essa imposição.
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