Durante coletiva à imprensa, no auditório do Palácio dos Despachos, nesta terça-feira (15), o governador Belivaldo Chagas evidenciou sua preocupação com os números crescentes do contágio da Covid-19 em Sergipe e alertou, mais uma vez, para a necessidade da colaboração da sociedade diante do difícil cenário desenhado para os próximos meses, segundo os estudos científicos.
“Em função dos números que foram apresentados, principalmente a partir do trabalho que foi feito pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), o qual mostra que a segunda onda é uma realidade e que teremos um pico bem maior do que aconteceu na primeira onda. Há a possibilidade, já no mês de janeiro, de vermos a rede estrangulada, entrando em colapso por conta da quantidade de leitos de UTI. Na nossa reunião prevista para a primeira semana de janeiro, medidas duras serão tomadas. A situação é muito drástica, a quantidade de pessoas que estão contaminadas é muito grande e é preciso que a gente tenha a colaboração da sociedade”, enfatiza.
O governador informou que outro dado crítico revelado diz respeito a taxa de transmissão (Rt) em Sergipe que, hoje, é a maior do país.
“A taxa de transmissão em Sergipe está em 1.87. Significa dizer que cada 100 pessoas estão contaminando outras 187. É um crescimento de curva impressionante, uma média de possível de óbito na faixa de 9 por dia. Se isso não retroceder, isso vai significar dizer 270 óbitos por mês, e a gente precisa ter responsabilidade para não permitir que isso aconteça”, declara
Fiscalização
Belivaldo, também, afirmou que o Governo já está intensificando as fiscalizações e continua com campanhas educativas para conscientizar as pessoas sobre a importância do cuidado de todos.
“As pessoas e os estabelecimentos devem seguir os protocolos sanitários. Infelizmente, a gente observa que as pessoas não estão seguindo essas orientações. É uma questão de consciência. Ninguém vai fazer acontecer a melhoria sozinho. O Estado vai continuar fazendo a sua parte, mas se a população não entender a importância do uso da máscara, do distanciamento, isolamento e das medidas de higiene, vai ficar ainda mais difícil. A gente percorre as ruas da cidade e presencia centenas de pessoas circulando sem a máscara, pessoas se aglomerando, praias cheias aos fins de semana. Tomamos algumas medidas mais firmes hoje, vamos acompanhar até o final do ano. Se houver melhoria, a gente volta ao que era, mas se piorar, vamos ter que apertar e a partir de 9 de janeiro fazer isso, em defesa da vida das pessoas”, comunica.
Ainda quanto à fiscalização, o governador reforçou que a ação deve ser uma responsabilidade também dos municípios.
“O Estado tem fiscalizado, porém não pode fazer isso sozinho. Se o Estado sair para uma fiscalização, em qualquer município, tem que estar na companhia da Vigilância Sanitária daquele município, senão não irá valer qualquer notificação da Vigilância Estadual”, conclui.
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