O radialista Edirani Santos foi condenado pela justiça sergipana a nove anos de prisão em regime fechado. A decisão judicial foi proferida pela juíza Cláudia do Espirito Santo, titular da Comarca de Capela.
Segundo a sentença judicial, que o Hora News teve acesso, o radialista teria usado o grupo de WhatsApp Capela em Debate para caluniar e difamar a prefeita de Capela, Silvany Mamlak, em 2020, durante a campanha eleitoral. Nos áudios, segundo a denúncia, o locutor insinua que a prefeita teria sido beneficiada politicamente através da prática sexual.
A juíza levou em consideração as leis que tratam da violência política contra as mulheres, as quais consideram crimes a distinção, exclusão ou restrição no reconhecimento, gozo ou exercício de seus direitos e de suas liberdades políticas fundamentais, em virtude do sexo.
“Os crimes contra a honra aqui praticados, travestem-se de violência sexista nas suas facetas moral e psicológica, é um mal que abala a saúde física e mental da mulher ora querelante, Silvany Yanina Mamlak, que, por mais que se esforce, por mais que se destaque em profissões que, outrora, era impensável, de serem por uma mulher ocupadas, parece cada vez mais distante da tão sonhada equidade, da tão sonhada igualdade material”, destaca o Ministério Público no processo.
Os nove anos de prisão é a soma dos três crimes que o radialista teria cometido contra a prefeita. Ou seja, como Edirani Santos postou no grupo de WhatsApp três áudios difamando a prefeita, a juíza considerou um crime para cada áudio publicado.
Os áudios publicados no grupo de WhatsApp, denegrindo a honra e a imagem da prefeita, têm duração de quase 5 minutos.
A defesa do radialista pretende recorrer ao Tribunal de Justiça de Sergipe da decisão proferida pela juíza de primeira instância.
Por Redação
Foto: Fecebook/Divulgação
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