Após repercussão negativa sobre o pagamento de gratificações a funcionários do alto escalão, o Governo do Estado assinou um Decreto suspendendo gratificações, adicionais e qualquer tipo de vantagens a funcionários ocupantes de cargos de comissão, como diretor de empresa ou de autarquia estadual.
A medida do executivo, que foi assinada pelo governador Belivaldo Chagas e já publicada no Diário Oficial do Estado, visa reduzir as despesas, mas principalmente proibir possíveis abusos nos pagamentos das gratificações.
O Hora News apurou que muitos diretores acabam recebendo altas gratificações por terem fortes padrinhos políticos. Geralmente o valor depende de quem o indica para o cargo. Quanto mais força política mais possibilidade para ocupar cargos com altos salários.
No Hospital de Urgência de Sergipe, por exemplo, há funcionários que recebem R$ 3 mil de salário, enquanto outros que são da mesma área profissional recebem salários de até R$ 13 mil por causa das gratificações.
“Em muitas diretorias, coordenadorias em empresas, autarquias e até mesmo em setores da saúde, o valor das gratificações para o funcionário ocupar tal cargo depende muito mais de quem o indicou para aquela função do que da sua própria capacidade. No HUSE mesmo tem gente lá recebendo R$ 13 mil por ocupar um cargo comissionado, enquanto os demais funcionários com a mesma formação e capacidade ganham apenas R$ 3 mil por não ter um padrinho político. Um absurdo, um abuso. Ainda me vem falar de dificuldade financeira? É brincar com nossa inteligência, você não acha nobre jornalista?”, questiona um dos profissionais de saúde concursados que prefere não ser identificado para não sofrer perseguição.
Essa prática, que não é nenhuma novidade, não existe apenas nos órgãos da administração estadual, nas prefeituras o modelo segue o mesmo padrão.
Foto: Ilustrativa/Google
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