Procurador invade tribunal, tenta matar juíza a facadas e é preso pela Polícia Federal

Parece que está virando moda no Brasil procurador querer matar membros do Judiciário por discordar de suas decisões. Depois do ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, revelar que entrou armado no Supremo Tribunal Federal (STF) para matar o ministro Gilmar Mendes, um procurador da Fazenda Nacional tentou matar uma juíza nesta quinta-feira.

O procurador Matheus Carneiro Assunção foi preso depois de tentar matar uma juíza na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), em São Paulo. Segundo testemunhas, o procurador se movimentava pelo tribunal parecendo estar em surto, intercalando frases sem sentido com frases de efeito sobre acabar com a corrupção no Brasil.

Matheus invadiu o gabinete da juíza federal Louise Filgueiras, que substituía o desembargador Paulo Fontes que está de férias. De acordo com o site jornalístico Conjur, especialista em matérias jurídicas, o procurador chegou a acertar uma facada no pescoço da juíza. Como ela conseguiu se afastar do agressor, a facada atingiu o pescoço dela de raspão. Antes de tentar matar a magistrada, o procurador tinha ido ao gabinete do desembargador Fábio Prieto, mas não o encontrou. Matheus Carneiro foi preso em flagrante e conduzido por policiais federais para a sede da Polícia Federal.

Mediante mais um atentado contra um membro do Judiciário, a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) se manifestou em nota pública condenando a atitude do procurador e defendeu que a segurança nas cortes e nos fóruns brasileiros seja revista.

“Não bastasse a notícia recentemente divulgada de que um procurador da República pensou em atentar contra a vida de um ministro do STF, agora temos uma infeliz ocorrência no TRF de São Paulo. Para além de lamentar o ocorrido e se solidarizar com a vítima e todos os colegas do TRF, urge mais uma vez repensar os níveis de segurança das cortes e dos fóruns, em todo o país”, lamentou Jayme de Oliveira, presidente da AMB.

Para Fernando Mendes, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), não pode se admitir qualquer ataque à magistratura brasileira.

“A magistratura vem sendo atacada simbolicamente nos últimos tempos, e essa campanha nefasta na tentativa de desacreditar a instituição acaba estimulando o comportamento criminoso de indivíduos. Temos de dar um basta a isso”, protestou o juiz.







Com informações do Conjur
Foto: MJS/Divulgação/Ilustrativa

Comente

Participe e interaja conosco!

Arquivos

/* ]]> */