Diante da denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) em que o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e a ex-secretária de saúde do Estado, Kátia Born, são acusados de desviar R$ 5 milhões dos cofres públicos em 2006, o pedetista entrou com uma representação contra o procurador da república responsável pela ação, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes.
De acordo com o ex-governador, as denúncias são arbitrárias e comparou as decisões do MPF com as ocorridas na época da ditadura militar. “Eles me perseguem. Esse procurador é um ladrão. Eu quero que ele prove que eu desviei esse dinheiro todo”, reforçou o ex-governador.
Lessa disse ainda que deixou o governo em março de 2006, e que o processo de licitação aconteceu em abril, quando o então vice governador, Luis Abílio assumiu a pasta. “Não tive nada a ver com isso e tenho certeza que o Abílio não fez nada errado. A licitação aconteceu de forma legal e a Justiça vai ter que provar o contrário”, frisou Lessa.
Sobre as denúncias de que a empresa vencedora da licitação para a reforma do HGE, Arquitec, teria dado o dinheiro para a campanha dele, do seu irmão e da então secretária de saúde do Estado, Kátia Born, Lessa afirmou que é perseguição política.
“Campanha política é feita com dinheiro de empresários também. Qual o problema dessa empresa ter contribuído, se foi legal? Não fiz caixa dois”, se defendeu.
A assessoria do Ministério Público Federal disse que todas as declarações serão analisadas e, se for o caso, o MPF entrará com uma ação judicial contra o ex-governador Ronaldo Lessa.
Nesta quarta-feira (20), o Partido Democrático Trabalhista (PDT/AL) divulgou uma nota defendendo o ex-governador Ronaldo Lessa. “Diante dessa situação, o PDT-AL decidiu que não mais tolerará que episódios de tal estirpe venham a público macular a imagem de Ronaldo Lessa sem uma resposta à altura”, diz a nota enviada à imprensa.
Denúncia
O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas denunciou o ex-governador Ronaldo Lessa e ex-secretária de saúde do Estado, Kátia Born, por desvio de R$ 5 milhões que deveriam ter sido investidos na reforma do Hospital Geral do Estado (HGE) em 2006. O dinheiro foi disponibilizado pelo Ministério da Saúde.
De acordo com a ação apresentada no último dia 8, na Justiça Federal, os réus fraudaram o processo de licitação destinado à reforma, utilizando-se de sobrepreço, superfaturamento e inexecução contratual.
Fonte: G1 AL
Foto: Lula Castello Branco/Futura Press
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