A Polícia Civil divulgou, nesta quinta-feira (11), que prendeu um homem suspeito de aplicar um golpe envolvendo uma suposta empresa de marcenaria que vendia a partir de um perfil na rede social Instagram e também atendia por contato telefônico no aplicativo de mensagens WhatsApp. Diversas vítimas registraram boletim de ocorrência junto à Polícia Civil, alegando terem sido vítimas do golpista.
O delegado Augusto César, da Primeira Delegacia Metropolitana, as vítimas chegavam ao perfil do suspeito no Instagram e eram seduzidas por belas imagens de móveis já prontos e que seriam fruto do trabalho de marcenaria do investigado.
“O marceneiro acertava a visita ao local para o qual seria instalado o móvel, fazia medições e acertava o pagamento do valor total. Em alguns casos, ele concordou em receber pagamentos menores”, detalhou o delegado.
Porém, em nenhum dos casos registrados na Polícia Civil houve entrega do trabalho contratado junto ao marceneiro. Foram registrados 34 boletins de ocorrência na 1ª Delegacia Metropolitana contra o suspeito. As investigações resultaram na identificação e prisão do marceneiro. A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva, que foi aceita pela Justiça. O investigado foi preso e encaminhado ao sistema prisional.
Uma das vítimas do investigado, Maristela Ribeiro, relatou que fez outros orçamentos, mas que o prazo fornecido por ele melhor se adequava. “Mas o prazo se tornou infinito, com já dois anos. No contrato, eu repassei metade do valor e ele me prometeu que entregaria os móveis em até 20 dias. A outra metade, eu entregaria depois que os móveis ficassem prontos, mas nunca foi feito nada”, relembrou.
Conforme Maristela Ribeiro, o investigado retornou à casa dela e fez a medição à casa dela e refez a medição do local. Ela alegava que perdeu as entregou as medidas dos m;oveis, mas nunca entregou as mercadoria. Então eu = fiz um acordo com um parente dele para entregar a outra metade.
Eu fui em um estabelecimento e comprei o material para que ele me entregasse os móveis. Mas, foi o meu erro. Ele nunca entregou os móveis”, acrescentou.
Na representação criminal feita pelo delegado Augusto César, ele salienta ao magistrado que o investigado, por utilizar de rede social, possui alcance a novas vítimas.
“Essas pessoas de boa-fé acreditam tratar-se de profissional apto a realizar o serviço. No entanto, tornam-se vítimas do ânimo criminoso do investigado”, explicou
O delegado ressalta, ainda, que as vítimas confirmaram os crimes em depoimento e apresentaram provas da materialidade dos crimes, como por exemplo, comprovantes de pagamentos via pix, compras através de cartão de crédito e contratos.
“Além de consulta ao sistema da Polícia Civil, nota-se que o indivíduo responde a outros três inquéritos policiais”, destacou.
“Um pagamento inicial era realizado pelas vítimas, porém o prazo dado pelo marceneiro para concluir o serviço nunca foi cumprido. As vítimas alegam que ficaram no prejuízo e que o marceneiro desapareceu, fato que motivou o pedido de prisão. Dezenas de vítimas foram ouvidas e confirmaram o prejuízo de milhares de reais dados pelo marceneiro”, destacou o delegado.
Fonte: SSP-SE
Foto: SSP-SE
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