Presidente emérito da Umese confessa que pecou e orienta pastores a fugirem da política

O experiente pastor Arivaldo José, presidente emérito da União dos Ministros Evangélicos de Sergipe (Umese), rejeita a ideia de líderes religiosos deixarem o altar para se dedicar à política partidária.

Recentemente o reverendo Franklin Ribeiro D’Avila, um dos líderes religiosos mais respeitados de Sergipe, publicou uma carta direcionada aos fieis e a sociedade em geral pedindo que não votem em pastor.

“Eu conheço muito o reverendo Franklin Ribeiro D’Ávila, um homem muito íntegro de uma história e de um caráter intocável enquanto pastor ministro do Evangelho de Cristo no Exercício da sua função, do seu papel. Ele foi pastor da Igreja Central na Rua de Santo Amaro com Laranjeiras. O texto está muito bem produzido, tanto pela lógica que ele desenvolveu, quanto pela fundamentação. Então, parabéns para o meu colega pastor Franklin. Eu vou seguir a linha do reverendo Franklin. Então aqueles ministros de religião, que sejam pastores, que sejam eles sacerdotes, dentro da doutrina Cristã são pessoas que não foram eles mesmos que se escolheram, não, eles foram escolhidos por Jesus. Está lá em João, Capítulo 15: “Não foi vocês que me escolheram, foi eu que escolhi vocês”. Assim, nós estamos seguindo a mesma linha de raciocínio do reverendo Franklin, porque o que foi dado a ele é maior do que qualquer coisa, no caso específico da política. O contexto da sociedade em que se vive influencia muito o comportamento das pessoas, inclusive os religiosos pastores, inclusive alguns sacerdotes, influenciam e levam muitas vezes a tomar decisões que ele se esquece do principal e vai para o secundário. Eu já pequei, eu já fui pecador nessa área, não sou mais, deixei de pecar”, revela o pastor.

O líder religiosa lembra que na época em que entrou na disputa política partidária deixou as obrigações cristãs em segundo plano. A ida para a área política, segundo Arivaldo José, foi uma experiência reprovável.

“Eu fui candidato a vereador, eu fui candidato a governador do Estado, concorri com Déda, com João Alves e com mais quatro candidatos, eu fiquei em terceiro lugar. Então, estou aqui aproveitando para confessar também o meu pecado. Eu falaria aos meus irmãos, tomaria a liberdade até de falar para você não deixar o principal pelo secundário. Não deixe o que é Divino pelo temporal. Eu diria: vá pastorear pastor, deixa a política para os membros da sua igreja, pessoas que são religiosos, mas que não são pastores, e tem muito rapaz inteligente, competentes homens e mulheres de uma boa formação, prepare para ser líder nessa área. Não recomendaria se tivesse essa autoridade, se fosse consultado não recomendaria com a minha própria experiência, porque existem outros, porém existem outras questões, porque quando o pastor religioso entra nessa área política é uma área como se fosse uma areia movediça, aquela areia que não tem firmeza, que você muitas vezes vai ser bem engolido sem se perceber”, explica Arivaldo, que já foi presidente do Diretório do PHS em Sergipe.

Na entrevista concedida ao canal Hora News TV, Arivaldo José também criticou a comunicação agressiva do pastor Silas Malafaia, considerado por alguns seguimentos do cristianismo como um dos líderes religiosos que mais incitam o ódio e a intolerância entre grupos políticos nas redes sociais.



Por Redação
Fotos: Hora News TV/Divulgação

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