Presidente da Fenen assegura que escolas são lugares seguros e defende retorno das aulas presenciais

O professor Renir Damasceno, presidente da Federação dos Estabelecimentos de Ensino Particular de Sergipe (Fenen/SE), concedeu entrevista aos jornalistas Paulo Sousa e Rosalvo Nogueira, no programa Jornal da Manhã (Jovem Pan FM), nesta quinta-feira (25). A volta às aulas das escolas particulares foi o assunto da vez.

A Fenen é constituída para fins de estudos, coordenação, proteção e representação legal das instituições de ensino em Sergipe. Com essas características, durante a pandemia surgiram diversos questionamentos, dentre eles, como seriam as aulas remotas.

O professor Renir participou da última reunião do Estado com o Comitê Técnico-Cientifico e enfatiza que “no último dia 11 ocorreu uma reunião do Comitê Técnico-Cientifico e nós fomos convidados. Não temos um acento permanente nesse comitê, mas quando as discussões versam sobre educação, prestamos nossa colaboração […]. O relato do quadro, na oportunidade, foi da estagnação dos leitos hospitalares que tratam da Covid-19, e que em abril seria o pico da segunda onda em Sergipe”.

Diante de relatos preocupantes, a federação, que é o principal agente fomentador do aprimoramento da gestão pedagógica nas escolas privadas, se posicionou, através do professor. Ele está de acordo com as medidas restritivas impostas para combater a proliferação do vírus, mas fez uma observação sobre a educação infantil.

“Nossa fala foi de que para a educação infantil fosse dada a condição necessária, o que envolve creche, berçário e pré-escola. Inicialmente, o comitê tinha pensado em liberar atividades presenciais, ou manter as atividades essências para creches e berçários, mas nós fizemos essa intervenção. A sugestão foi acatada, estendendo também para pré-escola, porque esse nível de ensino foi o mais prejudicado em 2020, com a impossibilidade de contabilizar as atividades feitas a distância”, explicou.

De acordo com o entrevistado, quase 38 creches e berçários chegaram a fechar na capital.

“Estamos esperando a próxima reunião em abril, para ver o que o comitê vai avaliar em relação ao retorno das atividades presenciais […]. Tivemos várias escolas que fecharam as portas e outras que estão trabalhando no limite, as que conseguiram sobrevir em 2020, foram a duras penas”, avalia.

O professor Renir Damasceno salienta que é a favor do retorno das aulas, mas com todo os protocolos e fiscalização rigorosa.

“O mundo inteiro já percebeu que a educação é extremante importante, também nesse momento, pois é um lugar de proteção. As escolas de outros municípios, quando houve a liberação, não registraram nenhuma criança contaminada. Todas as ações de biossegurança praticadas nas escolas, as crianças levam pra casa e os pais se vem obrigados a cumprir também”, observa.

Sobre a modalidade de Ensino a Distância (EAD), o professor defende uma metodologia diferente da que é emprega no presencial.

“Tenho sido um crítico contundente da modalidade de ensino a distância que não traz uma metodologia diferente da modalidade presencial. Se nós estivermos fazendo com que o professor, diante de recursos tecnológicos, passe a dar a mesma aula que dava presencialmente, eu sou contra […]. Obvio, também temos que discutir a dificuldade no acesso, mas vencida essa situação, é preciso colocar em prática novas metodologias, para que os alunos participem mais ativamente da aula”, ressalta.

Segundo ele, o avanço da tecnologia é excelente, mas a aula presencial é insubstituível, e conclui afirmando que “nós defendemos o retorno das atividades presencias nas escolas privadas, porque temos provas concretas de que a escola ainda é um dos locais que oferece segurança, aos alunos e professores”.


Por Redação
Foto: Divulgação

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